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Penne com couve-flor, tomatinhos e crocante de pão

penne com couve-flor

Couve-flor é o tema da Newsletter do Caderno desta semana. Uma das receitas que a gente destaca lá é essa massa colorida e super-simples de preparar.

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Ingredientes

  • 1/2 couve-flor
  • 200 gramas de tomates pequenos (cereja, sweet grape ou outro)
  • 250 gramas de mezze penne tricolore ou outra massa colorida
  • Azeite
  • Sal
  • Pimenta-do-reino
  • Vinagre balsâmico
  • Ervas (alecrim, manjerona ou outras)
  • Miolo de pão amanhecido
  • Manteiga
  • Alho
  • Salsinha

Modo de preparo

  1. Corte a couve-flor em pedaços pequenos (2 ou 3 cm).
  2. Coloque em uma assadeira a couve-flor e os tomatinhos e tempere-os com azeite, sal, pimenta-do-reino, vinagre balsâmico e erva.
  3. Asse os vegetais em forno pré-aquecido a 220º, até os tomatinhos murcharem e a couve-flor ficar levemente tostada. Reserve, sem desprezar nada do caldo que se forma.
  4. Faça a farofa: em uma assadeira, leve ao forno miolo de pão esmigalhado coberto com pedacinhos de manteiga de salsinha (mistura de manteiga, alho picado e salsinha picada).
  5. Cozinhe a massa.
  6. Misture a massa cozida aos vegetais.
  7. Sirva com a farofa crocante e mais salsinha picada por cima.

Cozinhar é fácil? (Com esta sopa de tomate e ovo, é, sim)

Sopa de tomate com ovo de gema mole

No lançamento do meu livro Cozinha de Vó, a conversa certa hora caiu no Fla-Flu do “cozinhar dá um trabalho danado” x “é mais simples do que parece”.  

Quem sou eu para dizer a alguém que passou o dia na labuta e só quer saber de desabar no sofá para pegar em panelas (no sentido culinário; no político nem me fale)? Ninguém, mas vou dizer mesmo assim. Ou melhor: em vez de pegar panelas, no plural, pegue uma panela. Porque, pelo menos para mim, o trabalho de cozinhar está muito ligado ao trabalho de limpar tudo depois.

A verdade é que, no fim do dia, o prato feito brasileiro assusta. Arroz, feijão, carne, leguminho e salada, que beleza, mas quanta coisa!

Minha amiga torcedora do Fla (“cozinhar dá um trabalho danado”) é também do time do arroz com feijão sempre. Dá para fazer no começo da semana e ir comendo, ela diz. Dá mesmo. Só que isso requer planejamento e, não sei você, mas eu nem sempre consigo me planejar. E não acho que toda refeição precise ter arroz e feijão.

Vamos descomplicar. Ou deixar a complicação para o dia em que temos tempo e paciência. Com bons ingredientes, fazer um prato gostoso pode ser sopa. Como na receita de sopa de tomate abaixo, tirada de um caderno da minha avó Viquinha.

Faz muita diferença usar tomates frescos bem maduros. Na pressa, ou na falta deles, você pode apelar para tomate pelado em lata (mas tirar a pele do tomate não dá tanto trabalho assim, e o sabor do fresco é diferente). O original pedia para coar os tomates, eu preferi mantê-los em pedaços e deixar que o tempo (uns 40 minutos) tratasse de desmanchá-los. Então acrescentei o ovo para que cozinhasse no líquido, deixando a gema mole (a gente pode dizer que gosta de gema mole ou precisa assinar termo de responsabilidade antes?).

Teste número 93 – Sopa de tomate com ovo
Fonte – Caderno de receitas da Vó Viquinha.
Grau de dificuldade – Fácil.
Resultado – Jantar gostoso sem complicação.

Ingredientes
1 quilo de tomates frescos bem maduros
1 cebola
2 colheres (sopa) cheias de manteiga
1 xícara de parmesão ralado na hora
Salsinha picada
Sal
Pimenta-do-reino
2 ovos
Torrada com queijo (opcional)
Molho inglês (opcional)

Modo de preparo
Faça cortes em cruz na pele do tomate, na parte oposta à do cabo. Coloque-os em água fervente por um minuto, depois retire. Espere que esfriem o suficiente para manuseá-los, então puxe a pele a partir do corte em cruz.

Refogue a cebola picada na manteiga. Junte os tomates cortados na metade e deixe que cozinhem até se desfazerem em pedaços macios (uns 40 minutos). Durante o cozimento, adicione o queijo, a pimenta-do-reino, um pouco de sal, a salsinha e, se for preciso, um pouco de água,

Na hora de servir, acerte o tempero, depois coloque dois ovos sobre a sopa e deixe que cozinhem. Ou sirva a sopa na tigela individual, coloque o ovo por cima e leve ao microondas para cozinhá-lo (fiz assim porque achei que seria melhor guardar a sobra da sopa sem ovo, mas no fim não sobrou nada…).  Salpique sal e pimenta sobre o ovo.

Fica gostoso acompanhar a sopa de uma torrada com queijo. Pingar um pouco de molho inglês também vai bem.

Rendimento: 2 porções

Para cozinhar mais:

Torta de sardinha: um conto e uma receita com gosto de abraço de mãe

Torta de sardinha feita no liquidificador
Se existe um prato que resume o aconchego da comida da minha mãe, é a torta de sardinha. Massa fofa, recheio úmido, sabor simples e bem temperado de ingredientes confortavelmente triviais.
A preparação, que admite variações de recheio (presunto e queijo, carne moída, atum ou o que você tiver em casa), veio da sogra de uma vizinha, mas foi incorporada à história da minha família. Gosto tanto que já meti a torta em dois contos. Um deles é este aqui (a receita vai logo abaixo):

À espera

“Ela vai ficar tão triste. E bem que me avisou.”

Do banco traseiro do carro, dava para ver o cabelo castanho ondulado da mãe, solto atrás e enroscado na gola do casaco do lado direito. Ele sentiu um aperto. Olhou pela janela, começou a ler em voz alta. “Bilhar Augusta. A Arte da Boa Mesa. Retificadora Flora.”

“Tudo bem na escola, Antônio?”

“Tudo.”

“Muita lição de casa?”

“Não.”

Tinha, mas não ia fazer. Pra quê? Sentiria saudade também da tia Iara, nem achava tão chato quando ela passava lição. Mas não ia mais fazer.

“Só Botas. Pão Gostoso. Você com Saúde.”

“Ei, tá pensando na morte da bezerra? Chegamos, filho!”

Desceu do carro, mochila pendurada no ombro, e subiu direto para o quarto.

A Carminha, que dormia enrolada em cima do baú de brinquedos, se espreguiçou devagar, bunda para cima e patas dianteiras bem esticadas. Fez carinho na cabeça da gata. “O baú vai ser só seu, Carminha.”

Pegou o cacto que ficava na janela e foi até a pia do banheiro regar a terra. Voltou com o vaso ainda pingando. Jogou dentro dele os cinco tatuzinhos que tinha recolhido no pátio da escola e guardado no estojo de lata. Viu Carminha cheirar os bichos, que não se mexeram, e logo perder o interesse.

Em cima da cama, brincou um pouco com o carrinho vermelho, presente do pai. Leu a última história de um gibi. Na frente do espelho da porta do armário, engoliu saliva uma, duas, três vezes, tentando perceber algo diferente.

Desceu para a cozinha. A mãe esquentava vagem refogada no fogão. No forno, torta de sardinha.

“Mãe?”

“Diga, filho.” Ela mexia a panela. “Antônio?”

“Demora?”

“Tá quase, pode ir lavando a mão.”

Estava bom, e tinha morango de sobremesa. Depois, os dois viram novela no sofá da sala. Durante o intervalo, o coração de Antônio bateu forte. O ar faltou, a visão escureceu. Ele encostou a cabeça no ombro da mãe, fechou os olhos e, aos poucos, se acalmou.

Quando a novela acabou, foi escovar os dentes sem a mãe pedir. Deu um beijo de boa noite e foi para a cama, triste.

Acordou com a mãe chamando. Olhou em volta devagar e reconheceu as dobras da cortina amarela, os adesivos de estrelas no teto, o macaco que abraçava fotos dos pais na prateleira perto da janela. Ainda era seu quarto.

Como sempre, se arrastou para o banho, colocou o uniforme que a mãe tinha deixado em cima da cama, tomou leite com Nescau, comeu pão com requeijão, escovou os dentes, pegou a lancheira e a mochila. Saiu de casa preocupado porque não tinha feito a lição de português e ainda não tinha morrido.

Então viu o ponto branco no chão do carro. Será? Sim, era o chiclete. O chiclete que ele comprou escondido da mãe, com o dinheiro que ela deu pro lanche. Um lanche especial, da cantina. O chiclete que ela disse que ele não podia mascar. Porque chiclete faz mal pros dentes e é perigoso. O chiclete que ele comprou mesmo assim. Comprou no recreio, escondeu no bolso e, no meio da aula, tomou coragem para tirar do papel e colocar na boca. Mascou com cuidado, devagar, saboreando o suco de cada mordida. Guardou, já sem gosto, na bochecha direita, na esquerda, debaixo da língua. Aproveitou o segredo até que, dentro do carro, na volta da escola, percebeu que não tinha mais nada na boca. “Engoli.” Ia morrer sufocado. E não podia contar para a mãe que tinha comprado o chiclete.

Agora, ao descer do carro, Antônio sorria. Não morreria mais. A partir de hoje obedeceria a mãe em tudo – não pularia o muro para a casa do Pedro, não daria pedaços do bife para a Carminha nem leria escondido depois que a mãe fechasse a porta do quarto à noite. Só parou de sorrir quando viu a tia Iara e lembrou da lição de português.

Teste número 58: torta de sardinha

Fonte – Caderno de receitas da minha mãe.
Grau de dificuldade – Fácil.
Resultado – Amor.

Ingredientes
Para o recheio
1/2 cebola picada
1 dente de alho picado
Azeite
1 lata de tomate pelado
1 lata de sardinha
Azeitonas
Salsinha
Pimenta-do-reino
Sal
Para a massa
2 xícaras de leite
2 ovos
1/2 xícara de óleo
10 colheres (sopa) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento
1 pires de queijo ralado
Sal
Pimenta-do-reino
1 dente de alho
Cheiro verde

Modo de preparo
Refogue a cebola e o alho no azeite. Junte o tomate, a sardinha desfiada e os demais ingredientes, com cuidado para não exagerar no sal (prove antes de acrescentar o sal). Cozinhe até os tomates desmancharem e o molho ficar grosso.

Bata todos os ingredientes da massa no liquidificador.

Despeje a massa em uma assadeira untada. Por cima, despeje o recheio (que vai afundar, é normal). Asse em forno pré-aquecido a 180 ºC.

Figos recheados de gorgonzola e envoltos em presunto cru

Salada com tomate assado e figo envolto em presunto de Parma e recheado de gorgonzola (foto: divulgação)
Salada de folhas com tomate, figo, presunto cru e gorgonzola (foto: divulgação)

Ainda dá tempo de preparar um prato especial para a noite do Dia dos Namorados (ou para comer sozinho, com gosto). Neste post compartilho uma entrada do menu especial que o restaurante Piselli preparou para a data. Você pode também conferir outras opções, de entrada ao café da manhã seguinte, que publiquei nos dias anteriores.

Rendimento: duas pessoas

Ingredientes
1 tomate italiano
Orégano
Azeite
Sal
Pimenta-do-reino
2 figos frescos
50 gramas de gorgonzola
40 gramas de presunto de Parma
Vinagre balsâmico
Manjerona
40 gramas de radicchio ou rúcula

Modo de preparo
Asse o tomate no forno por cerca de uma hora a 150 graus com um pouco de orégano, azeite, sal e pimenta-do-reino.

Abra os figos em cruz e recheie com o gorgonzola.

Envolva os figos em presunto de Parma e asse-os até o queijo derreter e o presunto ficar dourado (o restaurante recomenda fazer isso no forno à lenha, mas não é todo mundo que tem um, né?).

Para o molho de balsâmico, misture 1/3 de balsâmico com 2/3 de azeite, mais sal, pimenta-do-reino e manjerona picada.

Na hora de servir, coloque as verduras embaixo e o figo e o tomate por cima. Regue tudo com o molho balsâmico.

Restaurante Piselli: rua Padre João Manuel, 1.253, Cerqueira César, São Paulo. Tel. (11) 3081-6043.

Do bar do Terraço Itália: rolinho de mussarela de búfala, presunto cru, tomate e rúcula

O involtino e outras comidinhas do festival de mussarela do Terraço Itália (foto: divulgação)
O involtino e outras comidinhas do festival de mussarela do Terraço Itália (foto: divulgação)

Esta receita simples, que junta uma porção de coisas gostosas, faz parte de um menu de pratos com mussarela servido até 30 de junho no bar do Terraço Itália. Você pode prepará-la em casa, tanto como aperitivo quanto como uma salada — só vai faltar a vista da cidade de São Paulo que se tem a partir do 42º andar do Edifício Itália.

Involtino di mozzarella

Ingredientes
100 g mussarela de búfala em folha
50 g presunto de Parma
60 g tomate seco
Rúcula a gosto
Azeite extra virgem a gosto

Montagem
Abra as folhas de mussarela e recheie com os demais ingredientes. Enrole o queijo no formato de um rondelli. Corte em rodelas e decore com rúcula. Finalize regando com azeite.

Sugestão para a happy hour: mussarela, presunto, tomate e rúcula (foto: divulgação)
Sugestão para a happy hour: mussarela, presunto, tomate e rúcula (foto: divulgação)