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Risoto de pancetta, cebola roxa, pistache e redução de vinho do novo La Risotteria di Eataly

Risoto de pancetta, cebola roxa, pistache e redução de vinho do La Risotteria di Eataly (foto: Camila Bianchi / divulgação)
O mercado de tentações gastronômicas Eataly São Paulo acaba de inaugurar mais um restaurante, o La Risotteria. No primeiro mês de funcionamento, além de dez risotos criados pelo chef executivo José Barattino, a casa serve pratos desenvolvidos por chefs convidados. A receita abaixo é de Giampiero Giuliani, do Due Cuochi e do Rive Gauche.

Ingredientes
2 cebolas roxas
Azeite de oliva
1 garrafa de vinho Chianti
200 gramas de pancetta
½ cebola picada
400 gramas de arroz carnaroli
1 xícara de vinho branco seco
1,5 litro de caldo de legumes ou de carne
10 mililitros de azeite extravirgem

150 gramas de queijo Grana Padano ralado
Sal
Pimenta-do-reino
150 gramas de pistache assado
50 gramas de Parmigiano-Reggiano

Modo de preparo
Em uma panela pequena com tampa, refogue em fogo baixo, com um fio de azeite de oliva, a cebola roxa cortada em tiras não muito finas. Reserve.

Em uma segunda panela, reduza o vinho Chianti até ele ficar com 70% do volume. Deixe esfriar.

Em uma panela larga e baixa em fogo alto, coloque azeite e em seguida a pancetta cortada em tiras. Depois de cinco minutos, mude para fogo baixo, junte a cebola picada e refogue por mais cinco minutos. Adicione o arroz e toste por três minutos. Levante o fogo e ponha o vinho branco, deixando que evapore. Em fogo médio, acrescente o caldo até cobrir o arroz e mexa. Quando secar, coloque mais caldo até chegar ao ponto desejado (“al dente”). Desligue o fogo e coloque azeite extra-virgem e o queijo Grana Padana ralado, mexendo com mais caldo até ficar cremoso. Finalize com sal e pimenta-do-reino.

Monte o risoto em um prato raso, acrescentando o pistache quebrado, um fio da redução de vinho, o Parmigiano-Reggiano ralado na hora e a cebola roxa.

Canja sustança: para se sentir bem cuidado

A canja, que servi com uma gema, fez minha noite mais feliz

Sopa lembra família, conforto, conversas à mesa, ninho, fim de dia. Na minha infância, o prato ganhava um sabor especial quando servido no sítio em Atibaia, depois de muito esconde-esconde, fruta catada no pé, acampamento nos galhos da mangueira e expedições em busca de cascas de cigarras. Canja, fubá com couve, de feijão, de letrinhas, de legumes… O caldo fumegante era tomado depois do banho, com a pele e o cabelo cheirando a sabonete da casa da vó Helena. Em seguida, cama, naquele breu que às vezes me afligia: está escuro ou eu estou cega? “Vó! Vó!”

Apesar de comum no dia a dia, a sopa pouco aparece nos cadernos de receita da minha família. Talvez porque as preparações do cotidiano não precisassem ser anotadas: estavam gravadas na cabeça de quem cozinhava, assim como o tempero do feijão. Mas não estão na minha cabeça. Foi com simpatia, então, que eu recebi um exemplar do livro “A vida é sopa – Receitas e histórias para o corpo e a alma” (editora Pólen), escrito por uma amiga, Lizandra Magon de Almeida. Jornalista, ela descobriu que gosta de cuidar (dos outros e de si mesma) com comida. Durante dois anos, fez sopas para vender, juntou dinheiro, foi estudar roteiro de cinema em Buenos Aires e lá cozinhou mais. O resultado das experiências culinárias está no livro.

Há alguns dias, impulsionada pelo friozinho que tem feito em São Paulo, coloquei em prática o passo a passo de “canja sustança” de Lizandra. Foi um sucesso. Meu filho comeu, lambeu o prato e repetiu. Eu e meu marido também repetimos (só não lambemos o prato porque a educação já tirou de nós essa espontaneidade). E ainda sobrou um tanto que guardei no congelador para outra noite de inverno.

Compartilho a seguir a receita do livro. Para você também se sentir bem cuidado.

Ingredientes
600 gramas de sobrecoxas de frango sem pele e com osso
Sal, pimenta, orégano, salsinha a gosto
Azeite ou óleo vegetal
1 cebola bem picada
1 talo de salsão
2 xícaras de arroz
1 cenoura cortada em rodelas grossa, mais 2 cenouras em cubinhos
2 batatas cortadas em cubinhos
2 ovos, opcionais, para acrescentar no fim
Parmesão para servir

Modo de preparo
Tempere o frango com sal e pimenta e refogue no óleo ou no azeite, deixando dourar um pouco de todos os lados. Acrescente a cebola picada, o salsão e a cenoura em pedaços grandes, e refogue mais um pouco. Cubra com água filtrada, acrescente uma pitada de orégano, sal e pimenta a gosto e leve para cozinhar por meia hora na panela de pressão ou cerca de 45 minutos em uma panela normal.

Quando estiver bem cozido, retire o frango com cuidado (a carne deve estar se soltando dos ossos), jogue fora o salsão e a cebola e reserve o caldo. Deixe o frango esfriar até conseguir manipulá-lo e, então, desfie, tirando com cuidado as cartilagens e os ossos. Devolva à panela e acrescente o arroz e a cenoura em cubinhos. Deixe cozinhar por mais uns 15 minutos, acrescente os outros legumes e cozinhe até que fiquem macios.

Se quiser que o caldo fique mais grosso, bata dois ovos com o garfo e acrescente um pouco de parmesão (cuidado com o sal). Despeje sobre a sopa fervendo e mexa bem.

Sirva em cumbucas com parmesão ralado por cima e salsinha picada, se gostar.

(Nota: ao longo do cozimento, acrescentei mais água quente, porque tinha colocado pouco líquido antes e a sopa estava muito grossa. Quanto ao ovo, eu e meu marido testamos colocar gemas cruas em cumbucas individuais na hora de servir – ficou bem gostoso. Para nosso filho, que só provou o prato no dia seguinte, misturamos o ovo inteiro no caldo fervente.)

Rendimento: 10 potes de 400 ml.

O livro A Vida é Sopa reúne os experimentos de Lizandra na cozinha

Menu completo para o Dia dos Namorados

Além de publicar receitas dos restaurantes para um jantar a dois, resgato aqui algumas ideias publicadas anteriormente no blog.

Drink: coquetel Ásia, de maracujá, saquê e wasabi
O coquetel de maracujá, saquê e wasabi (receita abaixo) caiu bem com sushi e sashimi (foto: divulgação)
Veja aqui a receita do drink.

Entrada: ceviche de pinha
Em vez de peixe, pinha: entrada espetaculosa do restaurante Ema

Veja aqui a receita do ceviche.

Prato principal: arroz malandrinho de lagosta e camarão
Arroz malandrinho de camarão e lagosta

Veja aqui a receita do arroz.

Sobremesa: mousse de chocolate amargo
Mousse de chocolate: uma receita clássica francesa

Veja aqui a receita da mousse.

Café da manhã do dia seguinte: panqueca de iogurte e maçã verde
A panqueca que fiz na aula da chef Morena Leite ficou gordinha e gostosa

Veja aqui a receita da panqueca.

Arroz-doce com gostinho de comida da tia

10250045_867522929954964_8173489187016774162_nHoje a receita não é da minha família, mas das heranças culinárias recebidas por um amigo, o fotógrafo Leo Feltran, e repassadas para a filha dele, Anita. Autor de imagens de pratos apetitosos e pai de uma menina de 3 anos, ele cozinha para ela delícias como este arroz-doce em cinco versões. Segundo Leo, é um “doce com gostinho de tia Antonia”, a tia que o criou e lhe deixou um caderno de receitas e dicas saudosas (como “o sal é o tempero do açúcar”).

A seguir, a preparação e os conselhos compartilhados por ele.

Tesouros da tia Antonia. Segundo ela, “o sal é o tempero do açúcar” (foto: Leo Feltran)
Tesouros da tia Antonia. Segundo ela, “o sal é o tempero do açúcar” (foto: Leo Feltran)

Ingredientes
2 xícaras de arroz orgânico
Água
2 gemas
1 caixinha de leite condensado
Leite, o quanto baste
Canela em pau
Cravos
Açúcar
Opcional: canela em pó, chocolate amargo, Ovomaltine, Nescau

Modo de preparo
“Coloquei o arroz com água na panela e cozinhei, pondo mais água quente aos poucos e mexendo sempre.

Coloquei uma pitada de sal. Minha tia dizia que o sal é o tempero do açúcar.

Depois de cozido o arroz, coloquei duas gemas e mexi bem rápido para se integrarem.

Mexendo sempre, para não grudar, coloquei o leite condensado, uma canela em pau e 4 cravos. Fui acrescentando leite, frio mesmo, até ficar cremoso. O arroz tem que ficar bem úmido, porque depois que esfria ele seca mais.

Segredo da cozinha: prove sempre, toda hora. Coloquei mais umas 4 ou 5 colheres de açúcar.

Por último, na hora de servir, salpiquei os outros temperos (canela em pó, chocolate amargo, Ovomaltine e Nescau. Para a Anita provar, deixei também um puro.”

 

 

Arroz com castanhas da chef Renata Vanzetto

arroz
Arroz de jasmim com castanhas: bom acompanhamento para um ensopado

Nesta semana fui conhecer o novo menu do Marakuthai, restaurante contemporâneo de sotaque tailandês instalado nos Jardins, em São Paulo, e me fartei com um entradas refrescantes, um bom peixe com curry verde picante e sobremesas doces como a vida pede. Para compartilhar no blog, pedi à chef Renata Vanzetto uma receita bem simples, com potencial de renovar um básico do dia a dia: o arroz de jasmim com castanhas.

Na verdade, a preparação é tão simples que é mais uma ideia do que uma receita. No restaurante, esse arroz servia de acompanhamento para um bobó vegetariano de banana-da-terra e palmito pupunha. Em casa, acredito que ele vá bem com uma infinidade de ensopados e mesmo com outras preparações de peixe, frango ou vegetais.

Ingredientes
1 xícara de arroz de jasmim
2 xícaras de água
Sal a gosto
Castanha de caju (torrada e salgada) a gosto
Cebolinha picada e gergelim preto (opcional)

Modo de preparo
Cozinhe o arroz só com água e sal. Na hora de servir, coloque por cima a castanha de caju. Se quiser, salpique ervas, como cebolinha, e gergelim.

Arroz de jasmim com castanhas: bom acompanhamento para um ensopado
Arroz de jasmim com castanhas: bom acompanhamento para um ensopado