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Biscoito champanhe caseiro

Biscoito champanhe

Meu próximo pavê será feito com biscoitos champanhe caseiros em vez daqueles industrializados (que eu já adoro, desde criança). A receita vem do goU, aplicativo da escola de gastronomia Atelier Gourmand que reúne mais de 3 mil receitas, livros digitais e aulas-vídeos.

Com colaboração de chefs como Alex Atala, Erick Jacquin e Fabrice le Nud, o app cobra mensalidade para acesso completo, mas parte do material está aberta no site gou.cooking, incluindo vídeos que detalham de métodos de preparo de legumes a diferentes modos de fazer merengue.

Biscoito champanhe
Ingredientes
12 gemas
8 ovos grandes
600 gramas de açúcar
750 gramas de farinha de trigo
1 colher (chá) de essência de baunilha
50 gramas de açúcar cristal, para polvilhar

Preparo
Coloque na batedeira as gemas, os ovos e o açúcar e bata por 20 minutos.  Transfira para uma tigela grande, junte a farinha de trigo e a baunilha e misture manualmente. Unte assadeiras próprias para biscoito champanhe e pingue a massa usando uma manga de confeitar e bico liso. Polvilhe o açúcar cristal sobre os biscoitos e leve ao forno pré-aquecido a 200 °C por cerca de 35 minutos ou até estarem bem corados.

Foto: divulgação.

Biscoitos de bom parmesão

biscoitos de parmesão (foto: O Caderno de Receitas)

Enquanto escrevo, ainda sinto o gosto dos biscoitos que tirei há pouco do forno. Ficaram com um delicioso sabor de queijo e uma textura amanteigada que desmancha na boca.

(Pausa para pegar mais um biscoito na cozinha.)

A receita, tirada de um caderno da minha avó Viquinha, é tremendamente simples (e parecida com a de outro biscoito de queijo que já postei no blog). Se ficou gostosa, não foi por mérito das minhas mãos na massa, e sim pela qualidade dos ingredientes.

Se eu tivesse usado um queijo de saquinho com gosto de sabão, teria feito biscoitos com gosto de sabão. Mas usei manteiga Roni, produzida em São Sebastião da Grama (SP) – e encontrada no Mercado Municipal de Pinheiros, na capital -, e ralei na hora parmigiano-reggiano, o verdadeiro parmesão italiano, comprado em oferta porque estava perto do vencimento da validade.

Nem precisava de tanto. Um bom queijo curado, parmesão ou não, ralado na hora, teria feito bem o serviço.

Teste número 56: biscoitos de parmesão
Fonte – Caderno de receitas da minha avó Viquinha.
Grau de dificuldade – Muito fácil.
Resultado – Biscoitos salgadinhos e viciantes, para comer aos montes, com jeito de lanche de casa de avó.

Ingredientes
75 gramas de manteiga sem sal
50 gramas de queijo parmesão ralado na hora (mais um pouco para polvilhar)
100 gramas de farinha de trigo
Pimenta-do-reino a gosto
1 gema de ovo

Modo de preparo
Misture todos os ingredientes com as mãos até obter uma massa homogênea.

Molde bolinhas um pouco menores do que bolas de gude e as aperte na palma da mão para dar um formato de moeda.

Distribua as moedas de massa (cerca de 70) em tabuleiros untados. Pincele a gema de ovo sobre os biscoitos, depois polvilhe um pouquinho de queijo.

Leve ao forno pré-aquecido a 200 ºC. Asse por 5 minutos ou até que estejam levemente dourados.

Biscoitos de aveia da Vó Viquinha

Biscoitos de aveia e passas (foto: O Caderno de Receitas)

Deu meio-dia e eu comendo biscoito. É que ficaram gostosos mesmo os biscoitos de aveia que fiz seguindo uma receita do caderno da minha avó Viquinha. Acho que é o caderno mais antigo dos que chegaram até mim. Não sei a data, mas a cor das páginas, a xícara grafada com “ch”, o estilo da capa de tecido e a letra tão desenhada apontam para uma dona-de-casa jovem, talvez recém-casada. Que fazia doce doce. Ou não seria doce.

Na minha versão, usei metade do açúcar e acrescentei algumas uvas-passas, que vão muito bem com aveia.

Receita de biscoito de aveia em caderno de receitas
A receita original, no caderno da minha avó Viquinha

Teste número 55: biscoitos de aveia
Fonte – Caderno de receitas da minha avó Viquinha.
Grau de dificuldade – Fácil.
Resultado – Muito saborosos, mas um pouco quebradiços. Da próxima vez, vou fazer biscoitos menores, para facilitar a retirada da forma.

Ingredientes
½ xícara de açúcar
½ colher de sopa de manteiga amolecida
1 ovo
1 pitada de sal
1 e ¼ xícara de aveia
½ colher de sopa de fermento em pó
2 colheres de sopa de uvas passas

Modo de preparo
Misture o açúcar e manteiga. Acrescente o ovo e bata bem. Adicione a aveia já misturada com o sal e o fermento e novamente misture bem. Por último, coloque as uvas passas.

Faça cada um dos biscoitos com meia colher de chá de massa. Disponha-os em uma assadeira bem untada, deixando pelo menos três centímetros entre eles. Leve ao forno a 200 ºC por cerca de 10 minutos. Solte-os da forma com uma espátula fina.

Biscoitos de cereja e chocolate – receita de Natal da Alemanha

Biscoitos caseiros alemães

Como contei no post anterior sobre a Alemanha, ganhei uma latinha de biscoitos de Natal de uma funcionária do escritório de turismo da cidade de Rüdesheim am Heim. Pois Anke Haub, além de dividir comigo as gostosuras que fez para a família, compartilhou a receita de um dos biscoitos.

Ingredientes
325 gramas de farinha de trigo
150 gramas de açúcar
1 pacotinho de açúcar de baunilha
1 pitada de sal
1 ovo
175 gramas de manteiga (gelada e em lascas)
1 pontinha de faca de canela
2 colheres de sopa de amêndoas moídas
175 gramas de geleia de cereja
100 gramas de chocolate ao leite para cobertura
100 gramas de chocolate meio amargo para cobertura
Farinha para polvilhar na superfície de trabalho
Papel manteiga

Rendimento: 60 biscoitos

Modo de preparo
Misture 250 gramas da farinha de trigo, 100 gramas do açúcar, o açúcar de baunilha e o sal em uma tigela. Adicione o ovo e 125 gramas da manteiga e misture com um mixer, depois amasse com as mãos até obter uma massa lisa. Coloque-a na geladeira por 40 minutos.

Em outra tigela, coloque 75 gramas da farinha de trigo, 50 gramas do açúcar, a canela, as amêndoas e 50 gramas da manteiga. Misture com as mãos até obter uma farofinha.

Em uma superfície enfarinhada, estenda a massa com um rolo até deixá-la com 2 milímetros de espessura. Corte biscoitos com cerca de 3 centímetros de diâmetro. Coloque-os em uma assadeira coberta com papel manteiga. Espalhe a geleia sobre eles e depois um pouco da farofinha de amêndoas. Asse-os em um forno pré-aquecido a 200 ºC por 12 a 14 minutos.

Deixe os biscoitos esfriarem sobre uma grade. Derreta as duas coberturas juntas em banho-maria. Com uma colher, pegue os biscoitos e mergulhe a parte inferior deles no chocolate. Deixe que esfriem em uma grade.

Gostosuras do Natal na Alemanha

Mercado de natal em Nuremberg
Mercado de Natal em Nuremberg (foto: Franz_Walter / divulgação)

Estive na Alemanha recentemente para apurar reportagens sobre cerveja, vinho e outros assuntos da boa vida. Vou contar sobre a viagem em uma série de posts com dicas de roteiros e receitas. Começo falando de Natal porque, bom, ele está logo aí e várias cidades alemãs são famosas pela comemoração. Mas o principal é que fiquei morrendo de vontade de voltar ao país com o meu filho nessa época. Apesar do frio.

Na verdade, a Alemanha me pareceu um destino incrível para ir com crianças em qualquer mês (exceto janeiro, quando muita coisa fecha). Atrai pela vida ao ar livre em parques e praças (no frio, com meninos e meninas parecendo bonequinhos Michelin de tão agasalhados), pelas fantásticas lojas de brinquedos em que só a consciência cambial nos impede de levar tudo, pelas comidinhas tentadoras em embalagens caprichadas, pelos bonecos Playmobil que representam personagens de cada cidade, pelo transporte fácil de trem. Em dezembro, você soma a isso mercados natalinos com séculos de história, guloseimas típicas e decorações que se adaptam bem melhor ao clima e à arquitetura germânicos do que ao verão tropicaliente brasileiro.

Em outubro, quando estive lá, Nuremberg começava a se preparar para a festa. Minha primeira refeição foi na rua, aproveitando que a cidade tem muitos quiosques e barracas de comida. De “prato principal”, sanduíche de Nürnberger bratwurst (salsichas bem temperadas e com o tamanho de dedos); de sobremesa, lebkuchen, uma espécie de pão de mel aromático típico da localidade e especialmente desse período do ano. A receita do doce tem seis séculos — data da época em que Nuremberg era um importante entreposto nas rotas de especiarias. Falando em rotas, um bom passatempo é se entregar a uma caça ao melhor lebkuchen, vendido em confeitarias e quiosques na rua. Meu favorito foi o da Schmidt, de interior úmido e meio puxa-puxa, mas trouxe para o Brasil outro, da Geschenke, porque gostei da caixa com desenho de Papai Noel (sim, sou dessas).

Sanduíche de salsicha nuremberg
3 im weggla: um pão e 3 salsichas

Lebkuchen, o pão de mel típico do Natal em NurembergLebkuchen, o pão de mel típico do Natal em Nuremberg

Lebkuchen no mercado em Nuremberg
Que caixinha escolher?

Mercado de Nuremberg
O mercado de Nuremberg onde acontece a feira de Natal

O mercado onde acontece a feira de Natal de Nuremberg
Detalhe do mercado de Nuremberg

Comprei a caixinha bonita no Hauptmarkt, praça que abriga uma tentadora feira diária e em dezembro recebe os estandes do Chriskindlesmarkt. Nesse mercado natalino que existe desde a Idade Média, cerca de 200 estandes vendem de bolas de Natal a zwetschgenmännle (bonequinhos feitos de passas). Árvores de plástico são proibidas, assim como eletrônicos. Para comer e beber, há muito lebkuchen, muito 3 im weggla (pão com três salsichas), muito vinho quente. E haja vinho quente para bater o frio — em dezembro, a temperatura média é 0 ºC. Se a comilança e a bateção de pernas cansarem, faça uma pausa no Museu do Brinquedo, ali pertinho, com uma coleção tão bacana que desperta uma vontade de ter nascido em outros tempos só para brincar com aqueles carrinhos e casinhas de boneca ultrarrealistas.

Mercados natalinos acontecem em várias cidades alemãs. O principal de Munique ocupa a Marienplatz, com uma grande árvore enfeitada e concertos musicais todo fim de tarde. Há versões menores em bairros (uma delas no parque Englischer Garten) e no aeroporto (com direito a pista de patinação no gelo), e uma versão LGBT. Também é famoso o mercado especializado em presépios. Para comprar um presente, a Kunst und Spiel tem brinquedos de madeira e tecido que são a coisa mais linda — de lá, meu filho ganhou um duende barbudo que mora dentro de uma maçã de feltro.

Alemanha - natal em Munique
Estande de delícias em Munique (foto: divulgação)

Dresden, que anuncia sediar o mercado natalino mais antigo do país, em sua 581ª edição, promove também um de inspiração medieval, com comida, jogos, gente fantasiada e artigos artesanais que remetem à Idade Média. Hamburgo, veja só, abriga um mercado só para maiores, com striptease de anjos. Em Bamberg, que tem seu mercado natalino e presépios, achei uma loja de acessórios para biscoitos e comprei moldes com estampas de floco e boneco de neve, boneco de gengibre e pinheiro.

Rüdesheim an Rhein, na beira do Reno, também prepara uma feira de Natal, além de ter aberta o ano todo uma loja Käthe Wohlfahrt, cheia de bonecos quebra-nozes de madeira e carrosséis em miniatura que fazem os brasileiros lamentarem a relação euro/real. Nessa loja, olhei, olhei, depois olhei de novo e só comprei um pequeno globo com um Papai Noel dentro (daqueles que você sacode para fazer nevar). Tão bonitinho, tão delicado. Pena que se espatifou e quase cortou a mão do meu filho, que caiu com o enfeite na mão.

Produtos natalinos da loja loja Käthe Wohlfahrt em Rüdesheim an Rhein, na Alemanha
Produtos da loja Käthe Wohlfahrt, aberta o ano todo

Quebra-nozes da loja loja Käthe Wohlfahrt em Rüdesheim an Rhein, na Alemanha
Os quebra-nozes

Voltando às coisas boas, mas muito boas mesmo. Em Rüdesheim, senti um gostinho do melhor do Natal, aquele que acontece dentro de casa, com quem a gente ama. Faz parte da tradição alemã preparar biscoitos natalinos. Anke Haub, funcionária do turismo local, pegou alguns dos que ela tinha assado para a família, guardou em uma lata do Mickey em forma de coração e me deu. Coloquei na mala e trouxe para o meu filho, de quem eu já estava morrendo de saudade. (A receita do biscoito está no post seguinte.)

Biscoitos caseiros alemãesBiscoitinhos caseiros de Natal

(A viagem teve o apoio do Centro de Turismo Alemão – DZT.)