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Ameixas assadas e chantilly de cachaça da chef Paola Carosella

Ameixas tostadas com chantilly de cachaça da Paola Carosella

Aprendi a fazer as ameixas assadas da Paola Carosella anos atrás, quando a entrevistei para a coluna que O Caderno de Receitas tinha na revista L’Officiel (hoje mantenho colunas no site da Casa e Jardim e na revista Crescer, confira lá). É uma delícia de receita simples, com gosto de fruta e sem açúcar em excesso. Pode ser feita de última hora, mas “com cariño e boas intenções”, como recomenda a chef.

Gosto de acompanhar as frutas de chantilly de cachaça, que Paola não ensinou, mas provei em seu restaurante La Guapa e resolvi reproduzir em casa. Mas elas também ficam gostosas com chantilly normal, iogurte, sorvete…

Da última vez que fiz, troquei o licor de amêndoas (amaretto) da receita original por licor de avelã (Frangelico). Se quiser uma versão sem álcool, vá de suco de laranja.

Receita

Ingredientes

  • 400 g de ameixas frescas
  • 1 fava de baunilha
  • 3 colheres de sopa de açúcar mascavo
  • 3 colheres de sopa de licor amaretto ou de avelã (ou suco de laranja)

Para o chantilly de cachaça

  • 500 gramas de creme de leite fresco
  • 2 colheres (sopa) de açúcar
  • Cachaça boa
  • Extrato de baunilha

Modo de preparo

  1. Pré-aqueça o forno a 180 graus.
  2. Lave e seque as ameixas.
  3. Corte-as no meio (pode deixar o caroço que não sair facilmente).
  4. Aqueça por 5 minutos uma travessa de louça ou vidro ou ferro dentro do forno.
  5. Abra a fava de baunilha no centro, retire as sementes e coloque-as dentro de uma bacia junto com o açúcar e o licor.
  6. Misture bem e coloque a fava aberta junto.
  7. Acrescente as ameixas e misture com as mãos por um minuto com cariño e boas intenções. Coloque na forma pré-aquecida.
  8. Leve ao forno por 10 minutos.
  9. Retire e coloque num prato bonito as ameixas e tente resgatar a maior parte do suco que soltaram. Regue as ameixas com essa calda.

Para o chantilly de cachaça

  1. Bata o creme até que comece a ganhar consistência.
  2. Sem parar de bater, acrescente aos poucos o açúcar, algumas gotas do extrato de baunilha e cachaça a gosto.
  3. Continue a bater até virar chantilly.

Para cozinhar mais:

Torta de chocolate com chantilly de cachaça e baunilha

Torta de chocolate com chantilly de cachaça

Gosto de cachaça. Gosto de chantilly. Provei a mistura das duas coisas na La Guapa, casa de empanadas da chef Paola Carosella, e gostei também. Logo improvisei em casa minha versão do chantilly de cachaça e, desde então, tenho colocado o creme em tudo: frutas tostadastorta de bananagoiabada… Agora foi a vez da torta de chocolate da minha mãe, que eu já tinha feito antes, mas coberta de um chantilly normalzinho.

Com a cachaça, o doce parece que cresceu, virou sobremesa de gente grande — se bem que o original já tinha passas hidratadas em destilado e um chorinho da bebida sobre a massa.

Para o meu filho, separei um pouco da massa e montei uma porção não alcoólica, só com o creme de baunilha do recheio.

fatia de torta de chocolate com chantilly de cachaça

Teste número 80: torta de chocolate com chantilly de cachaça e baunilha
Fonte – Caderno de receitas da minha mãe (e chantilly copiado da Paola Carosella).
Grau de dificuldade – Médio.
Resultado – Torta de chocolate de gente grande.

Ingredientes
Para a massa:
1 xícara de açúcar
200 gramas de manteiga gelada
1 ovo inteiro
3 xícaras de farinha de trigo
1 xícara de cacau em pó
1 colher (chá) de fermento

Para o recheio:
500 mililitros de leite
2 gemas
60 gramas de açúcar
40 gramas de amido de milho
1 colher (café) de extrato de banilha
Uvas-passas (opcionais)
Cachaça, rum, brandy ou outra bebida para hidratar as passas

Para a cobertura:
500 mililitros de creme de leite fresco
2 colheres (sopa) de açúcar
Cachaça boa
Extrato de baunilha

Modo de preparo da massa
Misture o açúcar, a manteiga e o ovo, depois junte a farinha e o chocolate e, por último, o fermento. Amasse bem a massa e divida em três partes.

Você vai precisar de três formas iguais untadas e enfarinhadas (ou vai assar uma parte de cada vez na mesma forma, lavando-a entre as etapas para tirar restinhos que possam queimar).

Espalhe a massa na forma como se fosse um biscoitão, com espessura de cerca de um centímetro. Asse no forno a 200 ºC e preste atenção para não queimar (no meu forno, cada parte levou uns 10 minutos para ficar pronta).

Modo de preparo do recheio
Junte todos os ingredientes e leve ao fogo baixo, mexendo sempre, até engrossar e ficar com consistência de mingau.

Em uma tigela pequena, despeje as passas e um pouco de bebida para hidratá-las. Reserve.

Modo de preparo da cobertura
Um pouco antes de começar, coloque o creme e os utensílios (tigela e pá da batedeira) no congelador, para que fiquem bem frios.

Bata o creme até que comece a ganhar consistência. Sem parar de bater, acrescente aos poucos o açúcar, algumas gotas do extrato de baunilha e cachaça a gosto. Continue a bater até virar chantilly. Cuidado para não exagerar e fazer manteiga.

Mantenha refrigerado.

Montagem
Sobre o prato, coloque uma camada de massa, cubra com o creme de baunilha e salpique as passas (opcionais). Repita o processo e finalize com a terceira camada de massa.
Se sobrar um pouco de bebida das passas, despeje na massa.

Use uma espátula ou uma colher e uma faca sem ponta para espalhar a cobertura de chantilly.

Mantenha a torta refrigerada.

Dica: essa sobremesa fica melhor no dia seguinte.

Mais: salve suas receitas de família na Loja O Caderno de Receitas.

12 livros para mães que gostam de cozinhar

livros para o Dia das Mães

Livro de comida serve para ensinar receitas mas também para inspirar, fazer pensar, abrir o apetite. Abaixo, listei alguns dos meus favoritos como sugestões apetitosas de presente para o Dia das Mães.

Fundamentos da Cozinha Italiana Clássica, de Marcella Hazan

Não tem foto, só uma ou outra ilustração. Mas tem quase tudo o que você precisa saber sobre molhos, massas, risotos, polentas, carnes e outros pratos da cozinha italiana. São quase 500 receitas com potencial para passar de geração para geração – se as páginas de papel não sobreviverem, talvez os sabores fiquem na memória.
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Todas as Sextas, de Paola Carosella

Paola é boa de cozinha e de histórias. Neste livro, reúne as duas coisas, começando com a chegada da avó italiana Mimina à Argentina e terminando com doce de leite (a ordem não é bem essa, mas já diz M.F.K. Fisher na epígrafe do livro: “Never ruin a good story by sticking to the truth”).
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Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil, de Valdely Ferreira Kinupp e Harri Lorenzi
PANC no Brasil
É de comer? Consulte neste livro de quase 800 páginas sobre plantas (ou partes delas) comestíveis e pouco conhecidas. Dois exemplos listados: peixinho-da-horta, cuja folha pode ser comida mas geralmente é cultivada com fins ornamentais, e mangará (inflorescência da bananeira), que entra em refogados. Há sugestões de receitas para cada um dos vegetais.
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Cozinhar, de Michael Pollan

Autor de vários livros sobre alimentação, aqui o jornalista americano investiga como o ato de cozinhar transforma os alimentos e nos transforma. Uma narrativa boa de devorar.
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Larousse dos Pães, de Éric Kayser

De brioches a ciabattas, de baguetes a croissants, 80 receitas bem ilustradas que dão vontade de trocar a padaria pelos pães feitos em casa. Quase todas levam fermento natural.
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Comida de Verdade, de Yotam Ottolenghi

Quando ganhei este livro, fui folheando e babando sem me dar conta que todas as receitas eram vegetarianas. Depois percebi e continuei babando. Pense em pratos bons para quem não come carne e também para quem come, como tagliatelle com nozes e limão-siciliano, sopa de cogumelos picantes e grão-de-bico cozido lentamente com torrada e ovo poché. Tudo apetitosamente fotografado.
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Todas as Técnicas Culinárias – Le Cordon Bleu

Tenho em casa há anos e vira-e-mexe dou uma espiada. É desses livros para consultar quando bate uma dúvida sobre molhos clássicos ou sobre o melhor jeito de descascar, cortar ou cozinhar ingredientes que vão de frutas a peixes.
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Sobremesas e suas técnicas – Le Cordon Bleu, de Laurent Duchene e Bridge Jones

Para as mães confeiteiras, uma versão doce do livro anterior.
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Cozinha Bruta, de Marcos Nogueira

Ok, foi meu marido quem escreveu. Mas o livro está na lista também pelo texto delicioso e pelas receitas que tenho a felicidade de provar e aprovar em casa. Não é só para brutos, mães também vão amar.
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Como Cozinhar sua Preguiça (em 51 Receitas), de Gabriela Barretto

O livro da chef do restaurante Chou, de São Paulo, tem sabor de brasa e de sítio. Fotos lindas e pratos descomplicados, para cozinhar com gosto, sem estresse.
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Cozinheiro Nacional

Uma das graças da cozinha são as conversas em torno da mesa e do fogão. E este livro certamente vai render bons papos, com sua reunião de receitas que se comiam no fim do século 19 no Brasil, incluindo “caça de cabelo” (como onça, tamanduá e macaco), aves silvestres e tartaruga – não tente fazer isso em casa, mas pode ler à vontade.
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À Mesa com Proust, de Anne Borrel, Jean-Bernard Naudin e Alain Senderens

Torta de maçã, suflê de queijo, bouillabaisse e, claro, madeleines. O que o Marcel Proust comia – e descrevia – conduz o livro, recheado de receitas, citações, fotos e informações sobre a vida do autor de Em Busca do Tempo Perdido.
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Figos tostados e chantilly de cachaça — deliciosa sobremesa de última hora

figos tostados - O Caderno de Receitas

Há hora para tudo. Às vezes estou disposta a gastar três dias em um doce de figo. Outras, quero algo quase instantâneo, só um passo além da fruta in natura. E o figo se presta a isso também.

Não é só uma questão de praticidade. A matéria-prima é a mesma, mas os figos tostados de que vou falar hoje pouco lembram a compota de figo verde preparada em um post anterior. A compota, doce feito comida de vó, conserva e até acentua o perfume do figo, mas o transforma radicalmente se comparada ao processo de tostar a fruta. Neste último, a transformação é mais sutil, um caramelizado que preserva a delicadeza da textura e do sabor.

Cheguei a esse preparo juntando receitas dos livros Comida de Verdade, de Yotam Ottolenghi, e Terra de Fogos, de Francis Mallmann, mais alguns palpites meus, ingredientes disponíveis em casa e, claro, a abundância de figos na feira nesta época. Já testei variações, sem adicionar açúcar, com pinoli (opção cara mas muito boa) ou levando a fruta ao forno em vez de à frigideira. Preferi a versão que explico abaixo porque o caramelo casa deliciosamente com a acidez do melaço de romã (uma espécie de xarope que é comum na culinária árabe e lembra um pouco um bom vinagre balsâmico).

Para acompanhar, bati creme de leite fresco com cachaça, em uma tentativa de imitar o chantilly de cachaça que provei no La Guapa, da chef Paola Carosella. Também já servi a fruta tostada com coalhada fresca (o que acentua a acidez) e, no café da manhã, com iogurte natural. Recomendo de todos os jeitos.

Figos tostados com chantilly de cachaça - O Caderno de Receitas

Ingredientes
Figos frescos
Açúcar
Extrato de baunilha (ou açúcar aromatizado com baunilha)
Melaço de romã
Raspas de limão
Pinoli (opcional)
Creme de leite fresco
Cachaça

Modo de preparo
Lave os figos e corte ao meio.

Esquente uma frigideira de ferro e derreta um punhado de açúcar (usei um que tinha aromatizado guardando junto com uma fava de baunilha).

Jogue os figos na frigideira com a parte cortada virada para baixo. Espere alguns minutos. Retire os figos.

Despeje um pouco de melaço de romã e raspas de casca de limão no caramelo que sobrou na frigideira. Mexa, depois jogue sobre os figos. Salpique por cima mais umas raspinhas de limão e, se quiser, pinoli tostados levemente em uma frigideira.

Sirva com chantilly de cachaça: creme de leite fresco batido com um pouco de cachaça e algumas gotas de extrato de baunilha.

Para cozinhar mais: