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Mousse de chocolate amargo da tia Carmen

Mousse de chocolate: uma receita clássica francesa

Mousse de chocolate está entre as minhas sobremesas preferidas da vida. É simples, é doce, tem chocolate. Esta receita, anotada no caderno da minha mãe, vem de minha tia-avó francesa que mora em Atibaia (SP). Resolvi cozinhá-la para o Natal porque a preparação me pareceu bem simples e tudo o que eu não queria era complicar a ceia (a maior dificuldade foi encontrar espaço no congelador para colocar a tigela).

Não publiquei o passo-a-passo antes porque viajei em 25 de dezembro, aproveitei muita praia e só agora estou volta à rotina. Então, com alguns dias de atraso, feliz 2015 e boa mousse de chocolate para você!

Ingredientes
300 gramas de chocolate amargo
3 colheres de sopa de água
5 ovos (gemas e claras separadas)
½ xícara de açúcar
1 colher de chá de extrato de baunilha

Modo de fazer
Coloquei o chocolate (quebrado em quadradinhos) e as colheres de água em uma tigela e dissolvi em banho-maria. Enquanto isso meu marido, parceiro na receita, bateu as gemas com o açúcar até fazer uma gemada clara e fofa.

Em uma tigela grande, batemos a gemada, o chocolate derretido e o extrato de baunilha. Por fim, acrescentamos as claras, batidas em neve, e misturamos delicadamente com uma espátula, para o creme manter-se aerado.

Colocamos imediatamente a tigela no congelador e a deixamos lá por duas horas. Depois, baixamos o doce para a geladeira até a hora de servir.

Creme gelado de morangos do caderno da minha avó Viquinha

creme de morango

Em sua última visita, minha mãe me trouxe (emprestados, eu sei, mãe e tias) os cadernos de receitas da minha avó Viquinha, responsável por algumas das minhas melhores memórias culinárias. Nos almoços da casa da vó Viquinha, saboreei delícias que iam do molho de salada com pedacinhos de ovo a assados bem feitos e levíssimos ovos nevados. Também aprendi bons modos, como esperar autorização dos adultos para sair da cadeira, não demonstrar impaciência (o que me obrigava a escutar longas histórias, às vezes interessantes, às vezes entediantes) e jamais colocar os cotovelos sobre a mesa – hoje, quando eu quebro essa regra (sim, eu quebro), lembro da demonstração da minha avó: “Sempre (braços bem para baixo, quase que só os punhos sobre a mesa), de vez em quando (o meio dos antebraços encostado na borda), nunca (cotovelos apoiados)”.

A partir de agora, além do caderno da minha mãe, vou testar os três cadernos da minha avó. É receita à beça, e estou empolgada em me aventurar na culinária de mais uma geração (se bem que muito pratos preparados pelas duas vêm de muito antes e foram passados no boca a boca, ou de caderno em caderno, desde sei lá quando).

Para começar, escolhi um creme frio de morangos que não me lembro de ter comido antes, mas que parecia combinar com a minha falta de tempo, as duas caixas da fruta compradas na feira orgânica do Parque da Água Branca e a temperatura de 35ºC que fez hoje em São Paulo.

Fiz um quarto da receita – minha família reduzida não precisa de mais doce do que isso. Ficou gostosa e, de fato, refrescante. Um pouco mais líquida do que eu imaginava, mas, revendo os ingredientes, acredito que seja assim mesmo. Para completar o momento nostalgia, coloquei o creme nas taças de cristal que herdei da minha avó. Aconselho servi-lo desse jeito, para tomar aos golinhos.

Com a polpa que sobrou depois que eu passei os morangos na peneira, preparei uma geleia. E desta vez acrescentei um pouco de suco de limão, como aconselhou minha ex-vizinha e leitora Gisela na primeira vez que fiz esse doce.

Cadernos de receitas da Vó ViquinhaIngredientes
2 caixinhas de morangos (cerca de 500 gramas)
100 gramas de açúcar (é um pouco menos que o original, mas já ficou bem doce)
250 ml de leite frio
125 ml de creme de leite (a receita não especificava, eu usei o fresco. Se quiser, segundo a receita, você também pode usar só leite – seriam 375 ml no total -, mas eu acho que o doce ficará ainda mais líquido)

Modo de preparo
Lavei bem os morangos, cortei as folhas e os amassei bem com um pilão. Misturei a fruta com o açúcar e deixei a infusão na geladeira por uns 20 minutos.

Passei a fruta amassada por uma peneira, espremendo bem. Reservei a polpa que sobrou para fazer uma geleia mais tarde.

Juntei o leite e o creme de leite à fruta e misturei tudo. Voltei um pouco o doce à geladeira para ficar bem refrescante e depois servi em taças de bebida.

PS. Se você também quiser compartilhar uma receita de família, mande para o email contato@ocadernodereceitas.com.br ou envie pela página d’O Caderno de Receitas no Facebook. Eu vou adorar recebê-la.

Sopa fresca de vegetais

Sopa Walita - sopa morna de vegetais - Foto O Caderno de Receitas

Poucas coisas remetem mais ao aconchego de um lar do que um prato de sopa. Esta de vegetais que eu vou ensinar hoje era uma das favoritas dos jantares da minha infância – compete com a de feijão, a de letrinhas e o caldo verde; com certeza ganha daquela de legumes batidos até todos os gostos virarem uma coisa só.

Recentemente, em uma visita da minha mãe à minha casa, nós folheamos o caderno de receitas dela e eu escolhi esta para fazermos juntas. Como os vegetais, com exceção da batata, são adicionados crus, em temperatura ambiente, a sopa não é muito quente, então cai bem em uma noite de primavera. Serve como entrada ou prato único e é simples mesmo de fazer. Basicamente, é só cozinhar umas batatas e bater o caldo com os vegetais – não por acaso, minha bisavó Maria, mãe da minha avó paterna, aprendeu a preparação em um curso de uma marca de liquidificadores.

Com certeza vou repetir a receita. Só aconselho cautela para fazê-la em uma noite romântica, porque o sabor pungente do alho-poró, que eu adoro, para alguns pode não ser o melhor tempero de beijos.

Ingredientes da Sopa Walita

Ingredientes

4 batatas

50 gramas de parmesão

1 ou 2 cenouras em pedaços

1 ou 2 talos de alho-poró

Um pouco de cheiro-verde

1 tomate cortado em 4

1 colher de manteiga

Sal

Pimenta-do-reino

Modo de preparo

Cozinhei a batata em pedaços em uma pequena quantidade de água e sal (líquido suficiente para cobri-las).

Ralei com um mixer (mas você pode usar o liquidificador – é que o meu quebrou) o parmesão, a cenoura, o alho-poró e o cheiro-verde. Em seguida, juntei a batata e a água do cozimento e bati junto com os outros ingredientes. Por último, adicionei o tomate e bati.

Como a sopa estava um tanto grossa, juntei um pouco de água quente. Finalizei com a colherada de manteiga e mexi.

Ao servir, ajustei o sal e acrescentei um pouco de pimenta-do-reino ralada na hora.