Terminei o almoço com vontade de comer sobremesa, mas a opção disponível no restaurante (picolé) definitivamente não era o que eu queria. Horas mais tarde, quando a fissura ainda me acompanhava, decidi vasculhar o caderno de receitas da minha mãe. Lá estava a solução: doce de fruta em calda, que eu faria aproveitando umas bananas bem maduras, perto de passar do ponto. Simplíssimo. Mas consegui me enrolar.
Já fiz doce de banana outras vezes. Na panela e no forno. Com e sem açúcar. Cozido em água ou acrescentando só um tiquinho de líquido para soltar o caramelado que gruda no fundo do recipiente. Sempre fica bom, mas geralmente não é belo.
Desta vez, a ideia era seguir as instruções da receita, e ela indicavam que eu deveria “dar uma fervura na fruta primeiro”. Cortei as bananas em rodelas, joguei em água fria suficiente para cobri-las e deixei ferver. No meio do caminho, pensei: jogo fora a água?
Liguei para a minha mãe, e ela: “Ah, banana eu não teria fervido. Isso é pra outras frutas mais durinhas, como goiaba. Com banana eu só faria uma calda e jogaria as rodelas nela. Se você jogar fora a água, vai perder o gosto.”
Legal, mas as minhas nove bananas pratas já estavam na água. Resolvi deixar lá, mexendo pouco, até a água evaporar. À parte, fiz uma calda com ¼ de xícara de açúcar e um pouco da água do cozimento da banana. Só no final, juntei a banana e deixei evaporar um pouco mais.
Ruim não ficou. Mas ficou pior que outros doces de banana que já fiz. As bananas ganharam uma consistência molenga, farinhenta. Para comer de colherada, não me convenceu. Mais tarde, vou tentar servir como calda de sorvete. E da próxima vez vou seguir as instruções dadas por telefone pela minha mãe. Aí conto aqui como ficou.
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