Escrevi hoje no site do Globo sobre a receita de rocambole da minha bisavó.
O texto, você lê também aqui.
Fazia tempo que eu pensava em testar este prato anotado no caderno de receitas da minha mãe: rocambole da dona Maria. Sentia curiosidade, mas nunca encontrava ocasião. E, quando a gente não encontra ocasião, alguma coisa tem.
Maria era minha bisavó por parte de pai, celebrada na família pelo talento na cozinha e lembrada por mim também pelas broncas terríveis que dava — “Acaba de nascer um ponto preto no seu coração!”, dizia para crianças malcriadas.
Gastei umas horas razoáveis da infância calculando o tamanho das manchas dentro do meu peito, mas acho que não vem daí a enrolação para enrolar rocambole. O problema era uma dose de preguiça, uma colherada de medo de errar e uma pitada de mau humor contra o que me parecia uma complicação anacrônica, um salamaleque culinário de tempos passados. Enrolar rocambole pro jantar? Quer que eu borde a toalha da mesa também?
E aqui estou eu mordendo a língua, digo, o rocambole. Porque finalmente enrolei o dito-cujo e descobri que ele embala maravilhosamente sobras de carne. Quem vai lembrar do resto do frango assado de domingo quando na segunda-feira ele vem refogado com tomate e entra no meio de uma massa bem batatuda? Viva a bisavó Maria! (Acho que ganhei um pontinho vermelho no coração.)
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