Uma lista pessoal e de última hora sobre a comida da cidade em que nasci e que, depois de alguns anos de ausência, redescobri como minha
1. O bolinho de carne do Bar do Luiz Fernandes. Além de gostoso que só, ajuda a contar a história de São Paulo: a pequena mercearia de dona Idalina e seu Luiz Fernandes já não ia bem das pernas quando um supermercado abriu nas redondezas e quase quebrou o negócio; em vez de fechar, eles começaram a vender batidas e petiscos improvisados num pequeno fogareiro no bujão de gás; hoje, o boteco é uma instituição da zona norte de São Paulo. (Receita do bolinho aqui)
(Foto: divulgação / Bar do Luiz Fernandes)
2. O pudim de leite do Delishop, no Bom Retiro. Conheci ontem (por que demorei tanto?) e já incluí na lista. Nas palavras do meu filho: “É melhor que batata frita com ketchup”. Vocês não sabem o que isso significa para ele.
3. Os dadinhos de tapioca do Mocotó. Hoje estão em todo canto, mas os dos Rodrigo Oliveira continuam imbatíveis. (Receita dos dadinhos aqui)
(Foto: divulgação / Mocotó)
4. O porco San Zé da Casa do Porco. E praticamente tudo que sai da cozinha do restaurante mais legal de São Paulo.
5. O cuscuz paulista do Bar da Dona Onça. De panela.
6. O pão de queijo recheado do A Baianeira. Puro, sem recheio, já é bom. Mas com ovo de gema mole escorrendo…
7. Ali perto da Baianeira, embaixo do Minhocão, os croissants, brioches e outras delícias da Brioche Brasil, pequena fábrica do chef francês Christophe Guillard.
8. O banquete coreano do Komah, com direito a vegetais fermentados produzidos pela mãe do chef Paulo Shin.
9. Falando em restaurante coreano, o bulgogui (churrasco) do BiCol, com seu jeitão de grande almoço de família.
10. Os doces brasileiros da Dona Doceira. A goiana Adriana Lira pesquisa receitas de raiz e cria docinhos tão delicados que dá até pena comer (mas eu como).
(Foto: divulgação / Dona Doceira)
11. Os doces não muito doces mas muito saborosos da Confeitaria Marilia Zylbersztajn. Em especial a torta de maçã.
12. As edições da feira Sabor Nacional no Museu da Casa Brasileira. Leve canga, crianças, dinheiro (você vai gastar) e se espalhe.
13. As feiras gastronômicas do Aizomê: uma oportunidade de provar as criações da chef Telma Shiraishi em versão comida de rua (ou de garagem), como o katsu sando da foto abaixo, além de comer e beber o que convidados dela preparam.
14. O risoto de galinha do Hospedaria, restaurante da Mooca que coloca no pratos boas amostras do que é ser paulistano. (Receita aqui)
(Foto: Wellington Nemeth / Hospedaria)
15. Depois do almoço no Hospedaria, é só atravessar a rua para comer cannoli na DiCunto.
16. A coleção de pimentas do Tordesilhas, um restaurante que leva ardência a sério (e o resto da cozinha brasileira também).
17. A pizza da Carlos, que acerta demais na massa, no recheio e no clima (nada daquela melancolia de fim de domingo).
18. O hambúrguer do Ritz. Mas tem que ser o Franca, porque a espera na calçada, com bebida e bolinho de arroz, faz parte do programa.
19. O mercado de Pinheiros, para comprar de condimentos do dia-a-dia a ingredientes difíceis de achar nestas bandas, como maniçoba e farinha de araruta. E ainda dá para fazer uma boquinha na Napoli Centrale (pizza no almoço? Sim!), no Café Mocotó ou na Comedoria Gonzales (já provou a huminta do Checho Gonzales? Foto abaixo e receita aqui).
20. A punheta de bacalhau da Academia da Gula, boteco português da dona Rosa.
21. A feira de orgânicos do parque da Água Branca. Para se abastecer, tomar café da manhã na sombra das árvores e emendar com um passeio no parque.
22. A feira (varejão) do Ceagesp. Para comprar peixe e vegetais e cansar a perna.
23. A porção de moules-frites do Teus, de preferência na varanda.
24. Os clássicos franceses do Casserole, com vista para a banca de flores do Largo do Arouche. Depois de um concerto na Sala São Paulo fica melhor.
25. O falovo (ovo com massa de falafel) do Pinati. Para abrir o apetite para o shawarma e outros pratos do cardápio.