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Bolinho de polvilho tradicional ou picante

Para acompanhar o chá, bolinhos de polvilho recém-saídos do forno

Minha avó Viquinha fazia chá da tarde. Um ritual diário de parar, tomar uma bebida quentinha, comer bolo, bolinho, pão e biscoito. Para abastecer esse hábito, contava com uma profusão de receitas. Só de bolinhos de polvilho, tinha variações com óleo, com manteiga ou com banha, com leite ou com ricota, de liquidificador ou de amassar…

No fim de semana fiz um desses bolinhos. Muito simples de preparar, fica gostoso quentinho, recém-saído do forno, servido puro ou com manteiga e geleia. Como já tinha feito outra preparação parecida há algum tempo, desta vez resolvi inventar: assei uma versão tradicional e duas opções apimentadas. Funcionou, viu?

Teste número 40: bolinhos de polvilho
Fonte – Caderno de receitas da minha avó Viquinha.
Grau de dificuldade – Muito fácil.
Resultado – Ótimo acompanhamento para um chá da tarde. Mas perde muito quando esfria. Se não for comer na hora, melhor reaquecer (eu uso um grill elétrico, mas torradeira e mesmo frigideira também servem).

Ingredientes
200 gramas de polvilho azedo
100 gramas de ricota
1 colher de sopa cheia de óleo (ou o quanto bastar para dar liga)
1 ovo
Sal a gosto
Páprica picante e pimenta-malagueta em flocos (opcional)

Modo de preparo
Misturei bem todos os ingredientes Moldei biscoitos em formato de “s” ou em rodelas e coloquei em assadeiras untadas. Sobre alguns dos biscoitos, salpiquei páprica picante ou pimenta-malagueta em flocos. Levei ao forno pré-aquecido a 200 ºC até começarem a dourar.

Um bolo-relâmpago para servir de última hora

Um bolo básico e vapt-vupt que cai bem com um chá
Um bolo básico e vapt-vupt que cai bem com um chá

Já contei no post anterior que preparei biscoitos de castanha-do-pará para servir em um chá. Uma hora antes de minhas amigas chegarem, resolvi que faria também um bolo, para acompanhar a geleia de morango que cozinhei outro dia. Não à toa, escolhi no caderno de receitas da minha mãe um “bolo-relâmpago”, de fato muito simples e rápido. Consegui terminá-lo antes de as visitas chegarem, mesmo fazendo duas pausas para ligar para a minha mãe no meio da preparação. O benefício extra foi deixar a casa com um resíduo daquele cheirinho de massa assando no forno.

Ingredientes
11 colheres de sopa de açúcar (mais um pouco para polvilhar)
10 colheres de sopa de farinha de trigo
1 colher de sopa de manteiga (mais um pouco para untar)
1 colher de sopa rasa de fermento químico em pó
3 ovos
1 xícara de leite
1 pitada de sal
Canela em pó

Modo de preparo
Bati todos os ingredientes no liquidificador e obtive uma massa bem líquida (liguei para minha mãe e ela disse que era assim mesmo).

Despejei a massa em um tabuleiro untado e o assei em forno médio-alto (200ºC) até ficar levemente dourado e um palito, quando enfiado no meio da massa, sair sem pedacinhos de grudados.

Polvilhei açúcar e canela sobre o bolo.

Biscoitos de castanha-do-pará para servir com chá (ou café)

Biscoitos de castanha do Pará

Tenho uma amiga, a Paula Moura, que é especialista em chás. Escreve reportagens sobre o assunto, estudou a cerimônia do chá japonesa e morou no Japão para ver o ritual de perto (quer dizer, não cruzou o mundo só pra isso, mas certamente tomou bastante chá por lá…). Sempre que viaja, a Paula – ocidental, de uma família de produtores de café em Minas Gerais – traz chás diferentes. Agora, recém-chegada de Washington, ela propôs fazer aqui em casa uma degustação das variedades que trouxe na bagagem. Minha contribuição, ela ainda não sabe, serão os biscoitos de castanha-do-pará que eu ensinarei a fazer a seguir.

Não tenho costume de fazer biscoitos em casa. Muito menos de promover chás da tarde. Meu marido, Marcos, que mantém um blog botequeiro, achou graça: “Vocês vão brincar de casinha?”. E eu logo me imaginei como Elly, a elefanta do desenho animado Pocoyo, sentada diante de uma boneca e segurando uma xícara com o dedinho levantado – como mãe, é esse tipo de coisa que eu assisto ultimamente.

Quando o cheiro de castanha-do-Pará tomou conta da casa, Marcos trocou as gracinhas por um “Huummm…”. Depois provou a receita pronta e comentou, brincando, que eu poderia vender minha produção para a cafeteria perto de casa. Desde então, já o vi assaltar o pote de biscoitos algumas vezes. Espero que sobre algum para mais tarde.

Ingredientes
100 gramas de castanhas-do-pará moídas (pesadas sem a casca)
200 gramas de manteiga
200 gramas de farinha de trigo
70 gramas de açúcar

Modo de preparo

Em uma tigela, misturei todos os ingredientes com as mãos (que ficaram bem macias depois de mexer em tanta gordura) até obter uma massa compacta. Moldei bolas pequenas, pouco maiores que bolinhas de gude, e as distribuí em uma assadeira untada, deixando espaço para que crescessem. Depois de fazer 42 biscoitos, o que cabia na minha assadeira, ainda sobrou um pouco de massa, então eu a envolvi em filme plástico e a guardei no congelador para tentar assar depois. Levei a assadeira ao forno baixo (180ºC). Em 20 minutos os biscoitos estavam prontos. Na receita original, depois de assados eles eram passados em uma mistura de açúcar e baunilha em pó, mas eu açucarei um e achei que não precisava de mais açúcar na minha vida. Eles ficam perfeitamente bons sem essa última etapa.