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Curau rapidinho com fubá e leite de coco caseiro

Curau de fubá: sobremesa junina de última hora

Último dia do mês e eu ainda não tinha feito nenhum prato junino (só tinha comido: milho verde e um ótimo bolo de milho úmido e pedaçudo). Resolvi então testar uma receita de curau à base de fubá, que parecia fácil e rápida, na medida para esta manhã de terça-feira.

De fato, consegui prepará-la a tempo a sobremesa do almoço. E olha que ainda fiz um leite de coco caseiro a partir de coco ralado desidratado. Se você também quer preparar um último quitute junino, ainda dá tempo.

Teste número 38
Receita – Curau.

Fonte – Caderno de receitas da minha mãe.
Grau de dificuldade – Moleza.
Resultado – Gostoso. Não é a mesma coisa que o curau feito milho verde ralado, mas funciona.

Ingredientes
100 gramas de coco ralado fresco ou desidratado (cuidado para não comprar a versão adoçada!) ou ½ xícara de leite de coco industrializado
1 xícara de leite
½ xícara de fubá
¼ de xícara de açúcar
1 colher (sopa) de manteiga
Canela para polvilhar

Modo de preparo
Bati no liquidificador o coco ralado desidratado e água quente suficiente para cobri-lo. Espremi a mistura em uma peneira metálica fina para obter o leite. (Se for usar o leite de coco pronto, pode pular os passos deste parágrafo.)

Coloquei em uma panela o leite de coco, o leite de vaca, o fubá e o açúcar. Mexendo sempre para não empelotar, esquentei a mistura até ferver. Acrescentei a manteiga, misturei e desliguei o fogo.

Despejei o curau em duas tigelas pequenas e alisei a superfície com uma espátula. Salpiquei com canela.

Levei uma tigela à geladeira e outra ao congelador, para acelerar o processo. Em menos de duas horas, a do congelador estava gelada, pronta para ser servida (então comi um pouco e deixei o resto na geladeira).


Para cozinhar mais:

Pudim de pinhão com calda de laranjinha kinkan

Receita de sobremesa amiga do inverno: pudim de pinhão

Pinhão é uma das comidas que mais me faz lembrar da minha mãe (eu ia dizer “a que mais mais me faz lembrar”, mas aí pensei também na mandioca com mel, na torta de sardinha, na cuca de banana…). Paranaense que na infância passava as férias na fazenda dos tios em Lages (SC), terra da Festa Nacional do Pinhão, ela transmitiu aos filhos paulistanos o gosto pelas sementes da araucária. Mais tarde, foi morar em Vitória (ES) e estranhou a falta delas no inverno. Quando finalmente encontrou algumas à venda, eram secas e tristes.

Eu, morando em São Paulo, ainda sinto uma felicidade de criança quando me deparo com os primeiros pinhões do ano na feira ou no supermercado. Costumo comê-los do jeito mais simples, conforme aprendi com minha mãe: cozidos, arrancados da casca com os dentes (mordendo a “bundinha” para expulsar a parte carnuda) e então mergulhados, um a um, em salmoura (ou sem tempero mesmo, ou com um pouco de sal adicionado à água do cozimento).

Nesta temporada, estou experimentando algumas novidades. Primeiro foi meu marido que resolveu fazer um molho pesto usando pinhão no lugar dos caríssimos pinoli (sementes de um pinheiro da região do Mediterrâneo) pedidos na receita original italiana (que leva também manjericão, alho, azeite e queijos parmesão e pecorino). Funcionou. Depois fui convidada a provar o menu do Festival do Pinhão em cartaz a partir de 12 de junho no bar Armazén Paulista. No cardápio especial, o pinhão aparece da entrada à sobremesa: no recheio de uma empada de bacalhau, em um risoto com paio e ricota defumada, em um pudim… É a receita dessa sobremesa que eu compartilho a seguir.

Pudim de pinhão com calda de kinkan

Ingredientes
Para o pudim:
1 kg de pinhão cozido e moído
8 ovos
250 g de açúcar
2 colheres de sobremesa de essência de baunilha
2 latas de leite condensado

Para a calda:
200 g de açúcar
50 ml de água mineral
4 laranjinhas kinkan
4 unidades de anis estrelado

Modo de preparo
Coloque o pinhão cozido e moído e os demais ingredientes do pudim no liquidificador e bata bem.

Coloque a água e o açúcar em uma panela e leve ao fogo baixo até formar uma calda. Junte a ela o anis e as laranjinhas (cortadas em quatro e sem as sementes).

Com cuidado com a alta temperatura, ponha metade da calda em uma forma de pudim e unte todo o interior do utensílio. Em seguida, coloque na forma a mistura do pudim.

Leve ao forno a 180 ºC por cerca de 40 minutos. Quando estiver pronto, deixe esfriar bem e desenforme.

Coloque em um prato e despeje o resto da calda por cima.

O pinhão com aceto balsâmico servido no Armazén Paulista: um jeito simples de variar o tempero
O pinhão com aceto balsâmico servido no Armazén Paulista: um jeito simples de variar o tempero

Outra receita do festival: empada de bacalhau e pinhão
Outra receita do festival: empada com recheio cremoso de bacalhau e pinhão