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10 ideias para variar a pipoca

Fim de semana vem aí. Aproveite as dicas deste post da Dedo de Moça para turbinar a pipoca na hora do cineminha em casa.

Gourmet é o nome que se dá a uma cozinha ou produto alimentar (incluindo bebidas) que esteja associado à ideia de haute cuisine (ou alta cozinha), evocando assim um ideal cultural, associado com as artes culinárias. Assim, um vinho ou um restaurante diz-se gourmet quando é de alta qualidade e está reservado a paladares mais avançados e a experiências gastronômicas mais elaboradas, diz a Wikipedia.

Segundo a enciclopédia livre, portanto, qualquer coisa pode ser categorizada como gourmet, certo? Que tal, então uma pipoca gourmet? A ideia, confesso, não é originalmente minha, mas do Gustavo, meu noivo e fã de tudo que leva a assinatura Dedo de Moça (Lá em casa, aliás, quando preparo algo mais gostoso que o trivial logo ouço a pergunta: É Dedo de Moça?). Dias atrás, ele me questionou sobre a possibilidade de uma pipoca gourmet.

Cozinheira amadora que sou, logo levei a dúvida para as chefs prediletas. Todas foram unânimes em afirmar que o conceito gourmet, para a Dedo de Moça, é tudo que a gente mais gosta. E, como sabem mais que ninguém que sou uma curiosa nata, me designaram para transformar a pergunta no post de hoje. Assim, consultei amigos, revistas, sites e blogs, para descobrir que a pipoca gourmet é aquela que leva bem mais que o mero sal de todo dia. Quer arriscar? Eis algumas ideias:

– Manteiga: se você é daqueles que não dispensa a manteiga na pipoca, que tal trocá-la por uma manteiga especial, como a de alho, ervas ou páprica?

– Queijos: uma boa ideia é pulverizar a pipoca com parmesão ralado. Salpique-o na pipoca recém-estourada, ainda quente, deixando a panela fechada por alguns minutos para que o queijo amoleça ligeiramente.

– Azeites: essa eu gostei. Deixar cair sobre a pipoca quentinha um fio de azeite extra virgem ou trufado.

– Pimenta: encontrei quem jura de pés juntos que usa pimenta do reino e até caiena. Quem se arrisca? Eu, que amo pimenta, ainda estou ponderando… Dá até pra colocar umas ervinhas também, como alecrim!

pipoca-pimenta-ervas

– Pesto: aqueça uma colher (sopa) de manteiga com um pouco de azeite. Adicione pimenta do reino e pesto. Regue a pipoca quente com a mistura e salpique flor de sal. Será?

pipoca-pesto

– Caramelo: simplesmente cubra a pipoca com caramelo.

– Canela: misture canela com um pouco de açúcar e espalhe sobre o alimento.

pipoca-canela

– Chocolate: derreta chocolate ao leite, escuro ou branco e cubra a pipoca. A gente te ensina a derreter aqui.

pipoca-chocolate

– Leite ninho: depois que a pipoca estiver pronta, polvilhe leite ninho a gosto por cima, feche a panela e espere um pouco.

– Fermento em pó: deixei o inusitado para o final. Dizem que o resultado é uma pipoca sabor queijo (mas sem a gordura do ingrediente). Não me arrisco.

Existe também uma opção industrializada, a 479 Popcorn (o nome refere-se à temperatura ideal, em graus Fahrenheit, para estourar o milho). Sediada em São Francisco, a empresa oferece oito sabores, entre eles a de queijo branco, sal marinho defumado e trufas negras. Pena que ainda não entregam no Brasil!

Gostou? Veja também a receita de pipoca doce do chef Leo Paixão.

Maçãs recheadas de creme – lanche ou sobremesa

Maçã recheada de creme - O Caderno de Receitas

Junto com o caderno de receitas da minha mãe, vieram algumas folhas soltas, arrancadas de um bloco com espiral. Tinha me esquecido delas até outro dia, quando as encontrei em uma gaveta. Vem daí o passo a passo destas maçãs recheadas, que têm cara de sobremesa mas que eu fiz para um lanche da tarde mesmo.

Adaptei um pouco. Pus menos leite condensado para diminuir a doçura e acrescentei canela (maçã e canela, como errar?). Também coloquei limão com o intuito de preservar a cor da maçã — talvez por isso, o creme tenha ficado meio granulado, mas o prato ganhou uma acidez necessária.

No fim das contas, sobrou creme do recheio. Juntei com o leite condensado restante e usei de base para outra receita. Mas isso já é outra história e outro post, que entra aqui em breve.

Teste número 57: maçãs recheadas
Fonte – Receitas anotadas por minha mãe em folhas soltas.
Grau de dificuldade – Fácil.
Resultado – Um bom doce de fruta. Comi puro, mas deve ficar também com sorvete ou chantilly.

Ingredientes
4 maçãs
½ limão
½ lata de leite condensado
1 gema
4 colheres (sopa) de vinho
Canela em pó

Modo de preparo
Corte o topo das maçãs com uma faca. Use uma colher para cavar o miolo, com cuidado para não rasgar a casca. Separe as sementes e reserve o restante da polpa (incluindo o topo).

Passe um pouco do suco de limão no interior das maças e misture o restante com a polpa.

No liquidificador ou no processador, bata a polpa com o leite condensado e a gema. Despeje esse creme dentro das maçãs.

Posicione as frutas em uma assadeira, respingue vinho sobre elas, depois cubra tudo com papel-alumínio e leve ao forno a 200 ºC por 15 minutos. Retire o papel-alumínio e deixe no forno por mais 15 minutos. Se o seu forno tem a função “grill”, aproveite para dar aquela dourada no final.

Sirva quente, salpicando canela por cima.

Vamos cozinhar no curso de comida de vó do Caderno de Receitas?

workshop insta e faceEstou animada: em 17 de março vou colocar a mão na massa e falar de histórias, truques e receitas de família em um curso promovido pelo site O Caderno de Receitas com a escola de gastronomia Dedo de Moça, na rua Oscar Freire, em São Paulo. A aula vai ter comida com gosto de infância, bebida boa e muita conversa sobre como trazer para o dia a dia pratos que nossas mães e avós costumavam fazer.

No cardápio da noite:
– Biscoitinho de queijo parmesão;
– Tigelinhas de bacalhau espiritual (olha a ideia boa para a Páscoa!);
– Mousse de chocolate;
– Sangria;
– Bolo de fubá com limão.

Vamos?

Inscrições e informações: contato@dedodemoca.net

Biscoitos de bom parmesão

biscoitos de parmesão (foto: O Caderno de Receitas)

Enquanto escrevo, ainda sinto o gosto dos biscoitos que tirei há pouco do forno. Ficaram com um delicioso sabor de queijo e uma textura amanteigada que desmancha na boca.

(Pausa para pegar mais um biscoito na cozinha.)

A receita, tirada de um caderno da minha avó Viquinha, é tremendamente simples (e parecida com a de outro biscoito de queijo que já postei no blog). Se ficou gostosa, não foi por mérito das minhas mãos na massa, e sim pela qualidade dos ingredientes.

Se eu tivesse usado um queijo de saquinho com gosto de sabão, teria feito biscoitos com gosto de sabão. Mas usei manteiga Roni, produzida em São Sebastião da Grama (SP) – e encontrada no Mercado Municipal de Pinheiros, na capital -, e ralei na hora parmigiano-reggiano, o verdadeiro parmesão italiano, comprado em oferta porque estava perto do vencimento da validade.

Nem precisava de tanto. Um bom queijo curado, parmesão ou não, ralado na hora, teria feito bem o serviço.

Teste número 56: biscoitos de parmesão
Fonte – Caderno de receitas da minha avó Viquinha.
Grau de dificuldade – Muito fácil.
Resultado – Biscoitos salgadinhos e viciantes, para comer aos montes, com jeito de lanche de casa de avó.

Ingredientes
75 gramas de manteiga sem sal
50 gramas de queijo parmesão ralado na hora (mais um pouco para polvilhar)
100 gramas de farinha de trigo
Pimenta-do-reino a gosto
1 gema de ovo

Modo de preparo
Misture todos os ingredientes com as mãos até obter uma massa homogênea.

Molde bolinhas um pouco menores do que bolas de gude e as aperte na palma da mão para dar um formato de moeda.

Distribua as moedas de massa (cerca de 70) em tabuleiros untados. Pincele a gema de ovo sobre os biscoitos, depois polvilhe um pouquinho de queijo.

Leve ao forno pré-aquecido a 200 ºC. Asse por 5 minutos ou até que estejam levemente dourados.

Pipoca caramelizada da infância do chef Leo Paixão

Ovo de chocolate ao leite e pipoca doce: criação de Leo Paixão para a Sucré

Perdão pelo trocadilho, mas pipoca doce é uma paixão antiga do chef Leo Paixão. Ele aprendeu a preparar a guloseima ainda criança, com o pai. “Foi uma das primeiras receitas que fiz sozinho”, conta o chef. “As pessoas ficavam impressionadas, e eu gostava desse poder da gastronomia. Pensava: sou foda.”

Hoje à frente do restaurante de cozinha mineira contemporânea Glouton, de Belo Horizonte, Leo ainda se entrega à doçura crocante da pipoca caramelizada quando vai ao cinema. Vez ou outra, a usa como ingrediente — triturada sobre sorvete, por exemplo. Também a incluiu como recheio do ovo de Páscoa que desenvolveu para a Sucré Patisserie, de Fortaleza (Ceará).

O ovo estarão à venda pelo site da Sucré. A receita da pipoca doce, o chef compartilhou com a gente.

Ingredientes
1 xícara de açúcar
¼ de xícara de água
1 colher de sopa de manteiga com sal
½ xícara de milho para pipoca
1 colher de chá de extrato de baunilha ou as sementes de uma fava de baunilha

Modo de preparo
Em uma panela de fundo grosso, coloque todos os ingredientes em fogo brando e espere o açúcar caramelizar um pouco (só mexa com uma colher se ele começar a dourar). Antes de as pipocas estourarem, tampe a panela e reduza para o fogo para o mínimo, na boca de fogão mais fraca que houver. Mexa a panela (sem abrir a tampa) enquanto as pipocas estouram. Quando a maior parte do milho tiver explodido (os intervalos entre os estouros ficam mais longos), desligue o fogo e imediatamente espalhe as pipocas em uma superfície de pedra para esfriar. Quando estiverem frias, solte-as com as mãos.

O chef Leo Paixão e seu ovo de Páscoa (Foto: Raphael Criscuolo / divulgação)
Leo e seu ovo de Páscoa (Foto: Raphael Criscuolo / divulgação)