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Bolo de rum de um caderno de história desconhecida

Bolo de rum - Foto: O Caderno de Receitas

Depois da morte, desmontar a casa. Atividade estranha e necessária que materializa o vazio. A ausência dói, mas exige decisões práticas. Esvaziar gavetas, distribuir ou vender móveis, vasculhar papéis. Descobrir fotos de lugares e pessoas conhecidos e desconhecidos, uma fantasia de infância dobrada por décadas, um estojo de lápis de cor, objetos guardados por algum motivo que já se perdeu. Ler ou não as cartas? Escolher, doar, rasgar, descartar. É a vida de outra pessoa, não se pode levar tudo. Fechar a porta do apartamento.

Imagino que venha de uma história assim, tão comum e absurda, o caderno de que tirei esta receita de bolo de rum. Recebi de um amigo que tem um sebo, que por sua vez o recebeu no meio de livros, embalado em um saco de perfex com etiqueta de preço grudada: C$ 9.50.

Já estava na estante da minha casa fazia alguns meses, mas retomei agora, depois de entrar pela última vez no apartamento dos meus avós maternos em Curitiba. Minha avó morreu anos atrás, agora foi meu avô. Estou cercada por objetos deles, dos colares e cadernos de receitas dela a peças de decoração que garimparam durante viagens. Meus avós viajantes, ele, engenheiro, ela, dona-de-casa, e os dois grandes aventureiros na minha visão de criança: percorrendo a Nigéria e a China, a Inglaterra e os Estados Unidos, o Egito e o Peru. A história que eu criei com a história deles, com o que sabia e o que imaginava.

Tentei também montar um quebra-cabeças com as peças que encontrei no caderno do bolo de rum. Garimpei datas. Solto entre as páginas manuscritas, um recorte de jornal com receita de “biscoitos fininhos” tinha no verso uma nota sobre doações para a campanha à presidência do brigadeiro Eduardo Gomes — aquele que, dizem, deu nome ao docinho número 1 das festas infantis. Ele concorreu nas eleições de 1945 e 1950, não sei a qual delas a notícia se referia. Outro recorte, da Folha Feminina, trazia data, 1965, e um título de outros carnavais: “Agarre seu homem pelo estômago”. Do mesmo ano era a folha de agenda rabiscada com um passo a passo de croquete.

Folha Feminina de 1965

Nas receitas, o caderno do sebo tem muito em comum com os da minha avó materna e vários outros que vi na exposição Migrações à Mesa, feita pelo Museu da Imigração. Araruta, fubá, banha de porco convivem lado a lado com margarina, leite condensado, karo. Tentei decifrar, com o Google Translator, uma receita em alemão, mas cansei e deixei para depois. Por causa do nome simpático, fiquei com vontade de preparar os veranistas, biscoitinhos em forma de tiras —  ou de toalhas de praia, imagino. Encafifei com o pão de batatinha: “20 cruzeiros de fermento de padaria” correspondem a quantos gramas, afinal? Não sei. Mas descobri que a dona do caderno tinha uma amiga chamada Joana que anotou uma receita de bolo de frutas e encerrou assim as instruções: “Como você é muito inteligente não precisa de maiores explicações”.

Para o amigo que me deu o livro, resolvi preparar a receita do bolo de rum. Deixei por conta dele o grau de embebedamento: levei em uma caixinha pedaços do doce já aromatizado com calda de rum e, à parte, dei um pote com calda extra, para afogá-los como em um baba ao rum.

Teste número 84: bolo de rum
Fonte –
Caderno de receitas achado pelo sebo Desculpe a Poeira.
Grau de dificuldade – Fácil.
Resultado – Gostoso e aromático, tanto na versão bêbada de tanta calda como na versão que só toma uns golinhos.

Ingredientes
120 g de farinha de trigo
1 colher (sobremesa) de fermento em pó
2 ovos
120 g de açúcar
120 g de manteiga
2 colheres (sopa) de rum
Para a calda*
100 ml de água
100 ml de açúcar
100 ml de rum
*O original pedia o dobro das quantidades, mas eu fiz e sobrou bastante

Modo de preparo
Peneire a farinha de trigo e misture ao fermento.

Bata as claras em neve e reserve.

Bata as gemas com o açúcar. Continue batendo e junte aos poucos a farinha com o fermento, alternando com a manteiga derretida. Adicione as duas colheres de sopa de rum e, por último, as claras em neve.

Despeje a massa em uma forma untada com manteiga e polvilhada com farinha. Leve ao forno pré-aquecido a 180 ºC.  Estará assado quando um palito espetado no meio do bolo sair limpo, sem pedacinhos de massa grudados.

Assim que tirar o bolo do forno, faça furinhos na massa com um palito e despeje nela colheradas da calda. Não exagere para não empapar — parte da calda pode ser guardada e servida à parte.

Espere esfriar, cerca de uma hora, e desenforme o bolo.

Fica melhor se servido no dia seguinte.

Modo de preparo da calda
Coloque o açúcar e a água em uma panela e leve ao fogo. Sem mexer, espere que o líquido ferva e o açúcar se dissolva completamente.

Retire a calda do fogo e adicione o rum.

Para cozinhar mais:

Couve-flor com sardella caseira da chef Ana Soares (e outras 12 ideias com o vegetal)

Couve-flor assada com sardella da chef Ana Soares para a Carlos Pizza (foto: Lucas Terribili)
Foto: Lucas Terribili (divulgação)

Troco qualquer buquê de rosas pela couve-flor que a chef Ana Soares preparou para o aniversário da Carlos Pizza, em São Paulo. Fui ao restaurante conhecer as pizzas criadas por três grandes cozinheiras — Ana, Heloísa Bacellar e Mara Salles — em comemoração ao terceiro ano da casa. Estava tudo ótimo, a massa elástica com borda estufada crocante de sempre, novas coberturas bem equilibradas, o ambiente iluminado por velas que é inimigo das fotos de comida e amigo das conversas à mesa. Agora, essa couve-flor… Precisei me controlar para não gastar todo o apetite logo na entrada.

O segredo, segundo Ana, está no forno à lenha, que tosta e concentra açúcares. Na falta dele, dá para apelar para o forno à gás na temperatura máxima, uma chapa ou uma frigideira quente, uma grelha. “Na churrasqueira também vai dar certo”, diz a chef, entusiasta da couve-flor. “Ela é uma redescoberta. Tem fibra, tem açúcar e é linda. Uma flor que nasce na horta.”

É bonita e está na moda. Diz Ana e diz o Google. O gráfico abaixo mostra as pesquisas pelo termo “couve flor” no mecanismo de busca desde 2004:
Buscas por couve flor no Google Trends

Ana lembra com gosto da couve-flor assada com farofa de pão preparada pela mãe. Na sua infância também havia o macarrão alemão, com creme branco e pedaços de couve-flor tostada. Hoje, à frente da rotisseria Mesa III e com dezenas de consultorias para restaurantes no currículo, ela é capaz de em poucos minutos disparar uma porção de sugestões apetitosas com a hortaliça. Listo abaixo algumas delas e, na sequência, a receita do prato criado pela chef para a pizzaria Carlos. Ah, vale usar a versão clara, a roxa ou o brócolis japonês — “Nada mais é que uma couve-flor verde”, diz Ana.

  1. Couve-flor assada servida com molho pesto.
  2. Couve-flor cozida no macarrão. Basta branquear (cozinhar rapidamente na água fervente, em seguida mergulhar em água com gelo) e, quando a massa estiver cozida, misturar junto com manteiga.
  3. “Bife” de couve-flor — corte o vegetal em lâminas e toste na frigideira como se fossem bifes vegetarianos.
  4. “Bife” de couve-flor à milanesa — corte em lâminas e prepare como bife à milanesa.
  5. Salada de couve-flor com azeites aromáticos. Fica gostoso jogar umas sementinhas por cima.
  6. Salada de couve-flor com lentilha.
  7. Couve-flor tostada com tahine.
  8. Couve-flor tostada com coalhada fresca e bastante hortelã.
  9. Couve-flor assada inteira e servida com aioli (espécie de maionese com alho).
  10. Couve-flor tostada coberta de farofa de pão e parmesão.
  11. Fusilli com creme de gorgonzola, couve-flor tostada e farofa de pão.
  12. Fritada de couve-flor, com flores bem visíveis.

RECEITA
Couve-flor assada com sardella caseira
(criação da chef Ana Soares para a Carlos Pizza)

Rendimento: 4 pessoas

Ingredientes
1 couve-flor
1 pimentão vermelho
4 tomates italianos
2 colheres de alcaparras
1 colher de salsa picada
4 filetes de anchovas
1/2 colher (café) de pimenta calabresa
1 dente de alho
50 ml de azeite de oliva extra virgem
50 gramas de amêndoas torradas e salgadas

Modo de preparo da couve-flor
Lave e corte a couve-flor em 6 partes. Coloque no forno alto com um pouco de azeite e sal. Asse até dourar.

Modo de preparo da sardella
Asse o pimentão até queimar. Coloque-o em um prato fundo coberto com filme plástico, deixe esfriar e retire a pele.

Corte os tomates ao meio e asse até que a casca esteja dourada.

Pique o pimentão e os tomates até formar um molho e acrescente as alcaparras, a salsa, as anchovas, a pimenta calabresa e o alho devidamente picados. Tempere com azeite e sal a gosto. Na hora de servir, finalize com as amêndoas picadas.


Em tempo: a couve-flor com sardella e as pizzas criadas pelas chefs serão servidas até 7/4 (sábado) na Carlos (rua Harmonia, 501 – Vila Madalena, tel: 3813-2017).


Para cozinhar mais:

Bolinho de banana — uma nova receita de família

Bolinho de banana no piquenique

Esta não é uma receita de família. Ou melhor: esta não era uma receita de família. Porque receitas de família não são só aquelas que vieram da mãe, do pai, do tio, da avó, da bisavó. Claro, essas têm o sabor especial de coisa nossa, um dos incontáveis tijolinhos que nos tornam o que somos. Mas, procure um pouco, e é capaz de descobrir que a receita da avó veio da lata de leite condensado ou foi anotada de um programa de TV vespertino. Certo, pode ter vindo também da sogra ou da vizinha ou do avô padeiro ou, quem sabe, da própria cuca. Mas, seja de onde veio, foi com a prática e caligrafia da avó que o prato virou herança.

O bolo de hoje, encontrei site tempos atrás no site Simply Recipes. Não lembro bem o que buscava, mas lembro que fui fisgada pelo texto que dizia que o banana bread era a receita mais popular do site nos últimos dez anos. Testei, aprovei, testei de novo, aprovei de novo, fiz alguns ajustes e incorporei ao rol de receitas da minha família — e à lista de preparações para aproveitar banana madura.

A receita original era levada ao forno em uma forma grande, de assar pão, mas preferi dividir a massa em forminhas de silicone. Assim fica mais prático mandar na lancheira ou levar em piqueniques.

Também acrescentei passas porque gosto da sensação de encontrar seus pequenos bocados úmidos no meio da massa (que, por sinal, também é úmida). Podem ser substituídas por mirtilos frescos, o que torna o bolo mais caro, porém sensacional.

Ingredientes
2 a 3 bananas bem maduras
⅓ de xícara de manteiga derretida
1 colher (chá) de bicarbonato de sódio
1 pitada de sal
½ xícara de açúcar
1 ovo batido
1 ½ xícara de farinha de trigo
1 punhado de uvas passas ou mirtilos
1 colher (chá) de extrato de baunilha

Modo de preparo
Amasse as bananas com um garfo. Misture-as à manteiga derretida.

Mexendo com uma colher, junte o bicarbonato, o sal, o açúcar, o ovo, a farinha, as passas ou mirtilos e a baunilha.

Distribua em formas untadas e enfarinhadas, dispostas sobre um tabuleiro, e leve ao forno pré-aquecido a 180ºC. Os bolinhos estarão prontos quando ficarem levemente dourados e, quando espetados com um palito de madeira no centro, o palito sair seco, sem massa grudada.

Para cozinhar mais:

Comida de vó: bardana com shoyu e pimenta

O Projeto Mesa da Vó entrou em cozinhas paulistanas de diversas origens. Uma delas é a de Hideko, filha de japoneses que vieram ao Brasil para trabalhar na lavoura de café – e avó da chef confeiteira Carolina Iwai, da Amma Chocolate

Hideko preparando bardana

Fotos:  Potyra Tamoyos / The Soul Kitchen Project

Hideko Oda Furuyama, 88 anos, fala pouco. Sentada diante da câmera, responde com sorrisos e poucas palavras às perguntas sobre a infância, os pratos preferidos, a cultura japonesa. Algumas vezes hesita, sem jeito: “Não lembro bem”. Até que se levanta para preparar bardana. Em pé diante do fogão, tem movimentos precisos, postura ereta, segurança ao dosar temperos e explicar procedimentos. Enquanto os ingredientes giram na panela, começam a fluir histórias: a chegada dos pais ao Brasil, ainda adolescentes, vindos do Japão para trabalhar em cafezais paulistas; as caminhadas de dezenas de quilômetros até sítios de amigos; os lanches de bolinho de arroz e omelete levados nos passeios.

É assim, em torno da comida, que rodam as histórias do projeto Mesa da Vó. Na série de almoços promovidos no Soul Kitchen Lab, em São Paulo, sabores e gestos buscam o tempo perdido na memória. E ajudam a preservá-lo. Atrás de Hideko, por exemplo, está, atenta, orgulhosa, a neta Carolina Iwai, chef confeiteira da Amma Chocolate. Foi ela quem indicou a avó a participar do projeto. E é ela quem discorre sobre o que torna comida de vó algo especial: “É a preocupação, o amor de quem está sempre pensando: você vai passar fome? Não pode passar fome!’”.

Esse cuidado se traduzia, por exemplo, nos bentôs de onigiri (bolinho de arroz) acompanhado de tempurá, omelete ou salsicha que a avó fazia questão de preparar para as netas quando iam passear na rua 25 de Março. Se traduz também na atenção ao preparar suas especialidades, como a bardana com shoyu que parentes tentam repetir mas não conseguem fazer igual. Outro favorito da família é a feijoada.

Como tantos outros imigrantes e descendentes, Hideko cozinha com elementos daqui e de lá. Seu caderno de receitas, com pratos bem brasileiros, como pão de mandioca, bolo de fubá e rocambole salgado, divide espaço com uma edição de 1953 do livro Dona Benta. Mas ela faz também um manju (bolinho de feijão doce) que coloca um sorriso no rosto da neta confeiteira.

Hideko com o livro Dona Benta

Hideko aprendeu com a mãe os pratos brasileiros. Esta, não teve opção a não ser se adaptar aos costumes da nova terra. Chegou ao Brasil aos 16 anos, com um casal de vizinhos que, sem filhos, obteve a autorização da família da moça para levá-la com eles. “Minha mãe aprendeu mais comida brasileira, porque mesmo se quisesse fazer comida japonesa não tinha o tempero e as outras coisas de que precisava”, diz Hideko. Mais do que a falta de matéria-prima, havia a barreira da língua. “Como não sabia português, quando queria um ovo, uma galinha, uma verdura, ela nem tinha como falar.”

Mesmo a bardana que hoje é especialidade de Hideko nem sempre esteve à mão. “Antigamente era difícil ter, só depois que a gente passou a comprar semente e plantar.” Agora, a bardana vem do mercado mesmo, geralmente do bairro da Liberdade. Entra em uma receita simples, mas de sabor rico e textura crocante. O pulo do gato está em deixar o vegetal de molho em água antes do preparo, para o caldo não escurecer. E em ter a boa mãe de Hideko, que faz tudo no olhômetro, sem anotar as quantidades.

RECEITA

Bardana com shoyu

Ingredientes
Bardana
Óleo de girassol
Shoyu
Açúcar
Pimenta dedo-de-moça

Modo de preparo
Raspe a película que envolve as bardanas e coloque-as imediatamente de molho em água.

Corte a bardana em tiras finas – você pode usar um ralador ou  descascador para fazer isso.

Aqueça um pouco de óleo em uma panela e jogue a bardana. Em seguida, adicione o shoyu, um pouco de açúcar. Mexa, experimente e, se preciso, acerto o sal. Adicione a pimenta bem picada.

Mexa até que a bardana esteja cozida, mas ainda crocante.

A chef confeiteira Carolina com a avó Hideko
A chef confeiteira Carolina com a avó Hideko

Leia também:

Mesa da Vó: o bolonhesa da nonna Maria Alessandra

Mesa da Vó: a coalhada de Edma

Mesa da Vó
A cada edição do Mesa da Vó, uma cozinheira foi convidada a servir para parentes, amigos e clientes pagantes as especialidades que costuma fazer para a família. As histórias contadas durante o evento e em conversas na casa da convidada abastecem vídeos e textos produzidos em parceria entre o Soul Kitchen e o site O Caderno de Receitas.

Vamos nos encontrar no Festival Origem?

Festival Origem- A Conexão do Campo com a Gastronomia

Neste domingo eu, o chef Fellipe Zanuto, do Hospedaria, e a confeiteira Adriana Lira, do Dona Doceira, vamos falar de comida de vó em uma palestra no Festival Origem – A Conexão do Campo com a Gastronomia, organizado pelas revistas Época, Globo Rural e Casa e Jardim. É grátis, e vai ter limõezinhos recheados por Adriana, para degustar.

Fiz a curadoria do festival e, vou dizer, vai ter muita conversa e comida boa.

A partir das 17h de hoje até a noite de domingo, o Festival Origem vai reunir no Memorial da América Latina, em São Paulo, chefs, produtores e consumidores interessados em comer com prazer e consciência. É uma oportunidade para degustar ingredientes da biodiversidade brasileira, comprar alimentos de pequenos produtores e aprender mais sobre o que vai no prato.

Que tal provar queijos e embutidos artesanais e depois ouvir uma palestra de Jefferson Rueda, do A Casa do Porco Bar?

Ou você prefere partir para o estande do restaurante Clos, onde o chef Andre Ahn serve costelinha de porco ao molho de jabuticaba com pimenta fermentada, canjiquinha cremosa e emulsão de agrião?

No menu do restaurante Brado, o destaque é a língua de wagyu da fazenda Beef Passion, de carne sustentável certificada pelo selo Rainforest Alliance. Como acompanhamento, purê de batatas levemente defumado, miniagrião, pangrattato e picles de beterraba, com vegetais de produtores e cooperativas locais.

Ainda falando em carne, a palestra “De onde vem a carne que comemos” inclui um churrasco da Pecsa – Pecuária Sustentável da Amazônia.

O restaurante Hospedaria, que resgata receitas de imigrantes italianos, vem com dois pratos: lagarto marinado e pão de fermentação natural e cupim com purê de batatas, brócolis e alho confit.

Não vão faltar também frutos do mar, como o peixe da época grelhado ao missô artesanal de castanhas, acompanhado de berinjelas defumadas e legumes crocantes – prato que a chef Telma Shiraishi vai oferecer no restaurante Aizomê.

Em sua palestra/demonstração, Roberto Smeraldi, vice-presidente do Instituto ATÁ, vai preparar e servir como degustação miniarroz de sururu, feijãozinho de várzea e vitória-régia.

Entre as opções vegetarianas, coxinha de batata-doce com “carne de jaca” e estrogonofe vegano do Nambu Cozinha de Raiz; burger de cogumelos portobello e arroz negro servido com rúcula, tomate assado, picles de cenoura e maionese de alho levemente apimentada do Buzina Food Truck; açaí orgânico do Gorilla Tuk Tuk.

Para acompanhar, um bom vinho cai bem – e a palestra de vinhos orgânicos e naturais da sommelière Gabriela Monteleone pode ajudar a escolher um rótulo.

Para finalizar, sorvetes da Gelato Boutique, doces caipiras do Agostinho da Paçoca, delícias com frutas da Mata Atlântica do Instituto Auá.

Programação do Festival Origem

O Origem também tem:
– Happy hour com o food truck Veggies na Praça (hoje, 1/12).
– Oficinas para aprender a fazer: horta vertical em apartamento com a arquiteta Gabriella Ornaghi; chocolate a partir das amêndoas do cacau com Carolina Iwai, da Amma; cozinha vegana criativa com Renato Caleffi, do Le Manjue; tapioca com polvilho artesanal com Heloisa Bacellar, do Lá da Venda… “
– Atividade infantil: oficina “Uma horta brotou na minha cozinha”, com o viveiro Sabor de Fazenda.
– Palestras e demonstrações de cozinha com chefs premiados, como Ivan Ralston (Tuju), Bel Coelho (Clandestino), Oscar Bosch (Tanit) e Jefferson Rueda (A Casa do Porco).
– Dicas de Marcio Atalla para ter um estilo de vida mais saudável.He
– Palestra sobre veganismo com Alana Rox, apresentadora do GNT e autora do livro Diário de uma Vegana.
– Apresentação sobre plantas alimentícias não convencionais com Harri Lorenzi, coautor do livro Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil.

Cheeeseburger vegetariano do Veggies na Praça (divulgação)
Cheeeseburger vegetariano do Veggies na Praça criado especialmente para o Origem (foto: divulgação)

Queijos Pardinho (foto: divulgação)
Queijos artesanais do produtor Pardinho (foto: divulgação)

Sorvete de doce de leite com cumaru da Gelato Boutique (foto: divulgação)
Sorvete de doce de leite com cumaru da Gelato Boutique (foto: divulgação)

E muito mais! Confira a programação completa em www.festivalorigem.eco.