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Bolo de pinhão da fazenda Capoava

Bolo de pinhão da fazenda Capoava
(Foto: divulgação)

Fã de pinhão que sou, gostei desta receita da fazenda Capoava, de Itu (SP). O bolo costuma ser servido nas festas juninas da propriedade do século 18 que hoje funciona como hotel.

Mediante reserva, a Capoava rende um bom programa bate e volta a partir de São Paulo, com almoço recheado de quitutes do receituário de dona Lucy, 94 anos, mãe do proprietário. Algumas dessas receitas estão disponíveis no site da fazenda.

Ingredientes
Para a massa:
2 xícaras de pinhão cozido e triturado
2 xícaras de açúcar
2 xícaras de farinha de trigo
½ colher (sopa) de fermento em pó
100 gramas de nozes picadas grosseiramente
100 gramas de uvas passas
½ xícara de óleo
1 xícara de leite
2 ovos
Para a farofinha:
½ xícara de margarina ou manteiga
1 xícara de açúcar
1 xícara de farinha de trigo
1 colher (café) de canela em pó

Modo de preparo
Em uma vasilha, misture todos os ingredientes secos da massa, depois acrescente os ingredientes líquidos. Misture tudo muito bem e coloque em forma untada.

Com as mãos, misture bem os ingredientes da farofa. Espalhe-a por cima da massa do bolo e leve ao forno médio por mais ou menos 40 minutos.

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chips de batata-doce assada

Minha incumbência para a festa junina na casa de uma amiga era levar um prato salgado. Poxa, salgado? Com tantos doces juninos pedindo para sair dos cadernos de receitas da minha família? De salgado, lembrei da carne louca que recheava sanduíches suculentos. Depois, vi batatas-doces na prateleira e resolvi arriscar um novo petisco. Em vez de doce de batata roxa, fiz um salgadinho com o tubérculo.

Na verdade, eu já tinha feito os chips antes, mas agora acertei mais a mão. O segredo está em cortar fatias bem finas (usei um descascador de legumes para isso), colocar o mínimo de óleo possível na assadeira e só salgar depois de assadas. Assim elas ficam crocantes e sequinhas, perfeitas para petiscar no arraial.

Pena que eu esqueci o prato de chips em casa na hora de sair para a festa da minha amiga, que mora longe, longe, e precisei comprar qualquer coisa em uma padaria no caminho… Tudo bem, aproveitei para comer a batata-doce como lanche — ela também funciona como acompanhamento em refeições.

Ingredientes
Batata-doce roxa
Temperos (cominho e orégano secos, páprica doce, sal; não usei pimenta pensando nas crianças da festa)

Modo de preparo
Lave a batata-doce e seque com papel-toalha. Corte em fatias bem finas com um descascador de legumes ou um mandolim (fatiador).

Unte assadeiras levemente (usei um spray para isso) e distribua as fatias lado a lado, sem sobreposição. Salpique as ervas sobre elas.

Leve ao forno bem baixo (o meu ficou em 140 ºC). Depois de alguns minutos, mexa as fatias, depois deixe que terminem de assar. Quando prontas, eles estarão meio retorcidas, com as bordas levantadas e já crocantes (a parte central às vezes endurece só depois de esfriar).

Tire do forno e jogue a batata-doce sobre uma grade de metal para esfriar, depois transfira para uma tigela forrada com papel-toalha. Jogue o sal e misture.

Consuma na hora ou nos próximos dias, pois os chips vão amolecendo.

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Lampião e Maria Bonita – doce junino de goiabada caseira, queijo e calda de rapadura

Lampião e Maria Bonita – doce junino de goiabada caseira, queijo e calda de rapadura,(Foto: Tadeu Brunelli / Obá)
(Foto: Tadeu Brunelli)

Achei uma belezura esta sobremesa do menu junino do Obá, um restaurante festeiro que eu adoro. Depois de ver a receita, fazer goiabada cascão em casa entrou para minha lista de projetos futuros com um pé no passado – no caso, nas temporadas no sítio perfumadas por goiabeiras carregadas de fruta madura e por panelas de doce da minha bisavó Maria.

Ingredientes
2 rodelas de queijo meia-cura de 20 gramas cada
1 rodela de goiaba vermelha
2 colheres de sopa de goiabada cascão
Calda de rapadura
1 biscoito tareco ou outro biscoito doce redondo
Para a goiabada cascão:
2 quilos de goiabas vermelhas
3 xícaras (chá) de açúcar
1 e ¼ xícara (chá) de água
Para a calda de rapadura:
200 gramas de rapadura
½ xícara (chá) de água

Modo de preparo
No centro do prato, coloque uma rodela de queijo. Por cima do queijo, coloque o goiabada e, acima, a outra rodela de queijo. Com um maçarico de cozinha, dê uma tostada no queijo para que ele derreta um pouco. Coloque a rodela de goiaba apoiada no queijo e decore com a calda de rapadura e o biscoito.

Preparo da goiabada cascão
Descasque as goiabas e reserve as cascas. Bata a fruta no liquidificador até obter um purê. Passe o purê em uma peneira e reserve. Coloque em uma panela o açúcar e a água e leve ao fogo alto. Vá mexendo sempre, deixando o açúcar dissolver. Pare de mexer e deixe a calda ferver por 5 minutos. Acrescente, então, o purê de goiaba e as cascas reservadas. Continue cozinhando e mexendo sempre até a mistura se desprender do fundo da panela.

Preparo da calda de rapadura
Derreta a rapadura com a água até dissolver.

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Festa junina

Não existia nada mais animado que a festa junina da vila.

Será que a fogueira era tão grande quanto a torre de labaredas que habita a minha memória? E os dias e noites de festa, tão sem fim?

A vila em questão era o conjunto de residências (12?) com uma pracinha em que morei quando criança. Lembro com saudade dos paralelepípedos, dos tatus-bolas do jardim, do entra e sai da casa de amigos, do Pimpão, meu cachorro que sempre escapava para visitar o açougueiro do bairro e voltava todo pimpão com um osso entre os dentes.

Ali vivi uma infância de interior no meio de São Paulo. Algo mais evidente na festa junina, quando os moradores se juntavam para organizar o que, para mim, era a maior festa do mundo (e, de algum modo, talvez ainda seja). Corta bandeirinha, empilha lenha, decora a cadeia, prepara os quitutes, come come come corre corre corre dança dança dança…

Outro dia, publiquei no Facebook um vídeo de pé de moleque e duas amigas comentaram: que saudade da festa junina da vila! Por um instante, pensei: vamos nos reunir, vamos refazer a festa, agora com nossos filhos! Impossível. Podemos nos reencontrar, claro. Vai ser bom, acho. Mas lembrança não se refaz.

A vila, mesmo se ainda estiver lá, já não está. Talvez tenha sobrevivido ao furor imobiliário que não aguenta ver uma nesga de horizonte na cidade, mas, para mim, agora é uma vila, e não a vila, a minha vila, a nossa vila. Provavelmente é a vila de outras crianças. Ou melhor: espero que seja a vila de outras crianças.

Minha criança, meu filho, vai ter suas próprias vilas. Algumas, vai conhecer ao meu lado. Outras, vai desbravar por conta própria, e talvez encontre nelas um pouco da vila que mora em mim.

Em tempo: em breve vou publicar a receita do pé-de-moleque, porque ainda estou fazendo testes. Por enquanto, publico novamente uma receita de curau superfácil que está entre as mais buscadas do blog.

Curau de fubá: sobremesa junina de última hora

Curau com fubá e leite de coco caseiro

Ingredientes
100 gramas de coco ralado desidratado (cuidado para não comprar a versão adoçada!) ou ½ xícara de leite de coco industrializado
1 xícara de leite
½ xícara de fubá
¼ de xícara de açúcar
1 colher (sopa) de manteiga
Canela para polvilhar

Modo de preparo
Bata no liquidificador o coco ralado com água quente suficiente para cobri-lo. Esprema a mistura em uma peneira fina para obter o leite. (Se for usar o leite de coco pronto, pode pular os passos deste parágrafo.)

Coloque em uma panela o leite de coco, o leite de vaca, o fubá e o açúcar. Mexendo sempre para não empelotar, esquente a mistura até ferver. Acrescente a manteiga, misture e desligue o fogo.

Despeje o curau em duas tigelas pequenas e alise a superfície com uma espátula. Salpique canela e leve à geladeira.

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Bolo de fubá com raspas de limão e queijo ralado

bolo de fubá com raspas de limão e queijo ralado

Folheei os cadernos de receita da família em busca de um bolo que pudesse virar um lanche na mesma tarde. Logo me engracei com os bolos de fubá. Coisa simples, gostosa até de falar. Dispensei as versões com leite de coco ou com erva doce porque não tinha esses ingredientes em casa e optei por esta, com raspinhas de limão e queijo ralado.

Decidi colocar menos açúcar do que o recomendado nas anotações da minha avó Viquinha, o que mais tarde se mostrou um engano. Ficou gostoso, mas o parmesão e o sal se destacaram um pouco mais do que seria adequado. Outro erro foi atender os pedidos ansiosos do meu filho de 3 anos e não esperar a massa esfriar o suficiente. Na hora de desenformar, ela ainda estava muito quente e meio mole, e desmoronou em certos pontos.

Uma semana depois, resolvi refazer o teste, porque o gosto estava muito bom. Dessa vez, fiz tudo direitinho e ainda usei um fubá orgânico em vez do fubá convencional da primeira tentativa. Consegui um belo bolo, daqueles que, acompanhados de chá ou café, dão um gosto especial para uma tarde de fim de semana.

receita de bolo de fubá

Teste número 49: bolo de fubá

Fonte – Caderno de receitas da minha avó Viquinha.
Grau de dificuldade – Fácil.
Resultado – Gostoso, ainda que tenha quebrado em alguns pontos e ficado um pouco salgado.

Teste número 50: o mesmo bolo de fubá

Fonte – Caderno de receitas da minha avó Viquinha.
Grau de dificuldade – Fácil.
Resultado – Uma delícia de bolo de fubá. Recomendo puro ou com geleia.

Ingredientes

2 colheres (sopa) de manteiga
1 ½ xícara de açúcar
1 ½ xícara de fubá
1 ½ xícara de farinha de trigo
1 ½ xícara de leite
1 ovo
1 colher (sopa) de fermento químico
1 colher (café) de sal
3 colheres (sopa) de parmesão ralado
Raspas da casca de 1 limão

Modo de preparo

Na batedeira, primeiro misturei a manteiga com o açúcar. Juntei aos poucos os outros ingredientes, peneirando Npreviamente a farinha, o fubá e o fermento, e bati tudo muito bem. Coloquei em uma forma de bolo untada e enfarinhada e levei ao forno a 200ºC até assar (o que levou cerca de 30 minutos).

bolo de fubá na forma

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